É possível ter liderança e obter resultados sem abandonar os objetivos sociais. João Paulo Pacífico, do Grupo Gaia, explica como.
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5 min
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22 fev 2021
•
Atualizado: 16 jun 2023
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Por Tainá Freitas
Há mais de dez anos, João Paulo Pacífico deixou de trabalhar em um banco tradicional porque acreditou que o mercado financeiro poderia ser diferente — e em muitos sentidos. Desde 2009 ele comanda o Grupo Gaia, conglomerado de empresas financeiras que criou.
A partir de agora, ele está tocando o processo de doação de sua empresa a uma ONG para viabilizar projetos de impacto social. Quando a transferência for concluída, Pacífico afirma que passará de empresário a assalariado. “O vício em dinheiro da turma do mercado financeiro faz mal não só a essas pessoas, mas a toda sociedade”, disse ele na publicação em seu LinkedIn.
Uma de suas maiores crenças é de que empresas devem possuir um objeto social e que o lucro é uma necessidade ou consequência, não uma finalidade. Na prática, isso norteia completamente o seu estilo de liderança. “Um carro precisa de combustível para andar, mas sua verdadeira função é de transportar pessoas”, comparou em uma entrevista à StartSe.
Ao longo de sua trajetória, ele reuniu diversos aprendizados e listou algumas das iniciativas que líderes devem possuir agora. São elas:
O trabalho de liderar começa dentro de si. É necessário que o líder conheça seus próprios pontos positivos e negativos para que tome decisões mais conscientes. “É preciso fazer uma autorreflexão. Você irá se orgulhar no futuro das decisões que está tomando hoje?”, questiona.
Pacífico defende que não é possível uma dissociação completa entre a vida profissional ou pessoal, pois é necessário que a vida profissional esteja bem para que a pessoal também funcione e vice-versa. “Às vezes, a coisa mais importante para alguém pode ser criar o filho ao invés de liderar uma empresa de um bilhão”, comenta. É importante entender quais são as prioridades do momento, sonhos da vida e se tudo faz sentido do ponto de vista pessoal e profissional.
Conversar com as pessoas e verdadeiramente escutá-las é mais uma das dicas do CEO do Grupo Gaia. Parece simples, mas é necessário dar abertura, oferecer segurança e ter empatia.
“O líder não precisa ser a pessoa que sabe de tudo, mas a que consegue escutar tudo”, afirma.
A adoção do home office em massa foi mais uma das consequências da pandemia da COVID-19 e trouxe lições para empresas de todos os segmentos. Essa foi a primeira vez que muitos líderes geriram pessoas de forma 100% online. Para Pacífico, é importante não esquecer a sociabilização, que pode enfraquecer em momentos como esse.
“É necessário criar OKRs e KPIs que façam sentido e acompanhar de forma sadia. Há a necessidade de produtividade técnica, mas sem esquecer o lado humano das pessoas, de ter contato entre equipes. Nós fazíamos dinâmicas presenciais e agora, com o home office, continuamos fazendo online. Pessoas que são de escritórias diferentes agora se conhecem, mesmo sem ter visto pessoalmente”, disse.
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Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero. Apresenta o podcast Agora em 10 na StartSe e também atua na área de Comunidades na empresa. É especialista em inovação, tecnologia e negócios.
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