Nesta coluna, Tiago Forjaz traz dicas para lideranças engajar o time. Confira!
Pessoas trabalhando no escritório (Foto: Canva)
, Redator
9 min
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15 jan 2024
•
Atualizado: 16 jan 2024
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Por Tiago Forjaz*
Você já pensou em retenção de talentos? Pois veja só: retenção é uma palavra gasta e desadequada, talvez por isso nem sempre conquiste a atenção suficiente.
Parece ter uma intenção ilegítima de convencer alguém a ficar na nossa companhia, contra a sua vontade ou dando algo em troca, transformando a relação numa transação.
Nas nossas relações pessoais não pensamos nisso, não conseguimos conceber a ideia de ter que dar algo para alguém ficar na nossa companhia.
Aí celebramos as bodas, as datas, as viagens, os frutos e feitos da relação. Assim deveria ser nas relações de trabalho.
Essa filosofia, essa cultura é um momento linear, não acontece de forma instantânea, num único momento ou movimento. É preciso tempo. No final de contas é esse que a gente vai contar.
Mas na minha perspectiva as pessoas só querem duas coisas da vida: aprender e amar.
Aí está a chave da resposta que usualmente dou à pergunta: como reter as pessoas? Quanto vocês estão aprendendo em conjunto? Quanto amor está nessa relação? Como a gente se cuida?
O trabalho é cada vez mais importante para a identidade das pessoas. Ele é uma fonte de realização pessoal, de conexão com os outros e de aprendizado. Por isso, as pessoas estão buscando cada vez mais trabalhos que sejam personalizados, que se adaptem aos seus valores, interesses e habilidades.
Para recrutar, desenvolver e reter talentos, acredito que é preciso manter essas cinco dimensões atendidas de forma constante:
Cada vez temos mais frameworks e ferramentas de facilitação destas conversas
Os tempos mudaram, e por isso diria que hoje existem ferramentas para ajudar a reter as pessoas, numa era em que todo mundo quer e precisa de aprender e ter consciência do que está aprendendo.
As pessoas querem ser vistas, querem ter conversas sobre o seu potencial e como estão a aprender, não tanto sobre a sua performance e como podem melhorar.
Cada vez mais existem ferramentas que permitem compreender as pessoas e as suas preferências de forma a permitir esculpir o seu trabalho e descobrir a forma como melhor contribuem, porque não existe o “one size fits all”.
As pessoas querem ser autoras, querem ser envolvidas na construção e evolução do trabalho. Para facilitar esse diálogo existem novas ferramentas que são muito mais efetivas e divertidas do que fazer um questionário fechado. Aqui ficam algumas das ferramentas que mais gosto e uso.
O Job Crafting é um framework de perguntas que ajuda você a compreender as tarefas, os tempos, os talentos, as pessoas e a sua visão da sua função. Com base nessa compreensão, você pode desenhar a sua função ideal e fazer com que ela evolua.
Existe uma ferramenta desenvolvida pelo Dr. John O. Burdet da Orchestra que permite inverter a entrevista de saída. Na realidade é um jogo que permite entender quais os aspectos mais valorizados na sua empresa e porque as pessoas decidem ficar. Com base nessa informação você pode envolver as pessoas na construção de uma proposta de valor melhor para o trabalho.
É comum que as pessoas peçam referências dos candidatos que recrutam, mas é menos comum que os candidatos peçam referências dos seus futuros chefes. Você pode pedir às pessoas que trabalham com você para gravar um vídeo de referência para você, que pode ser enviado aos candidatos que você está considerando. Isso é uma ótima maneira de demonstrar transparência e autenticidade, e também permite que os candidatos tenham uma ideia melhor de como seria trabalhar com você.
Muitas vezes as pessoas não sabem dizer quais os seus talentos. Fica difícil construir um pitch e vender os seus talentos sem ter um “diretório” ou menu dos talentos mais relevantes no mundo do trabalho. Por isso a Epic Talent Society desenvolveu um baralho de 70 cartas que ajuda as pessoas a conhecerem e apresentarem os seus 5 maiores talentos.
Num jogo simples de 2 minutos, você pode explorar 13 perguntas que definem muito melhor a pessoa. Com esse jogo simples você descobre afinidades, desenvolve empatia, admiração e grava uma melhor percepção sobre a pessoa. Essa ferramenta é fundamental no dia a dia para apresentar pessoas que vão trabalhar em times, não serve só para recrutamento.
Esses jogos e ferramentas permitem humanizar o trabalho e deixar a perspectiva dos recursos humanos, porque não somos meros recursos e todos somos responsáveis por construir a melhor experiência de trabalho (isso não é responsabilidade exclusiva dos RH).
Por fim, ser líder significa ter pessoas de qualidade trabalhando no seu time. Eu gosto de pensar que as pessoas que deixam de trabalhar comigo vão para melhores posições e oportunidades, porque estão preparadas para tudo e aprenderam mais comigo do que em qualquer outro lugar. Minha reputação melhora a delas e vice-versa.
Leitura recomendada
Tiago Forjaz é professor do xBA, programa executivo internacional, da StartSe em parceria com a Nova SBE, que foi eleito o mais inovador do mundo. Confira!
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