Já pensou em ter investimentos, contratos, obras de arte e empréstimos registrados na blockchain? Entenda as atuações possíveis além das criptomoedas
Foto: blackdovfx/Getty Images
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6 min
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7 fev 2022
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Por Tainá Freitas
Você provavelmente conheceu a blockchain como a plataforma de transações das criptomoedas. No entanto, este é apenas o início das aplicações possíveis. Por ser uma plataforma descentralizada, criptografada e aberta, a blockchain está sendo utilizada na criação de novos serviços financeiros, contratos inteligentes, investimentos em empresas e muito mais.
Você já imaginou um ecossistema de serviços financeiros que não seja formado por bancos e fintechs? Difícil, não é? Isso acontece porque há uma grande centralização de empresas dominando esses serviços.
Há, no entanto, uma proposta diferente: as finanças descentralizadas (o que também é chamado de DeFi). É um protocolo que busca retirar os intermediários das transações financeiras. Neste modelo, as transações financeiras acontecem em “peer to peer”, de pessoa para pessoa.
No mundo, há diversas iniciativas e até mesmo fundos de incentivo. O projeto DeFi For The People, fundo de US$ 100 milhões, irá investir em educação e incentivo da aplicação ao redor do globo.
+ Como funcionam as finanças descentralizadas?
Os NFTs são tokens não fungíveis – ou seja, que não podem ser substituídos ou copiados. Isso porque cada ativo possui um código de autenticidade registrado e garantido pela blockchain. Apenas no ano passado, a venda de NFTs alcançou US$ 21 bilhões, segundo estimativa da Dapp Radar. Neymar, Tom Brady e a família Picasso são algumas das personalidades que estão investindo.
+ O que é NFT? Entenda a nova tendência bilionária
A expectativa é que a terceira geração da internet funcione na blockchain. A plataforma tem ganhado força não apenas pelo nível de segurança e privacidade que oferece, mas por ser descentralizada. Há quem acredite que ela poderá dificultar a centralização de poder por grandes empresas, como acontece hoje no setor de redes sociais.
Atualmente, o início da internet é considerado a partir dos navegadores e o “www”, enquanto a segunda fase é pautada pelas redes sociais.
Os contratos inteligentes se popularizaram através da Ethereum, blockchain da criptomoeda Ether. Ela permite que ações predeterminadas aconteçam caso o esperado seja realizado. Na prática, se o pagamento de um veículo for efetuado, o smart contract poderá criar automaticamente o contrato de venda de veículo entre pessoas.
De caráter 100% digital, os contratos predeterminados e inteligentes podem ser realizados em minutos. A iniciativa já tem sido adotada por empresas ao redor do mundo no aluguel de veículos, por exemplo.
IPO, ICO… Embora sejam semelhantes no conceito, essas siglas resumem formas diferentes de investimento. Enquanto o IPO é a primeira oferta de ações de empresas, os ICOs são a primeira oferta pública de moedas. No ICO, as empresas ou projetos criam tokens (na comparação direta com o IPO, seriam as ações), que são vendidos para angariar fundos.
Nos tokens de governança, menos numerosos e mais caros de se obter, os investidores passam a ter poder de voto no projeto. É dessa forma que alguns projetos de DeFi podem ser organizados, por exemplo.
No entanto, justamente por não ser algo centralizado por um órgão ou empresas específicos, o investidor deve tomar ainda mais cuidado e pesquisar para verificar a autenticidade do ICO.
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Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero. Apresenta o podcast Agora em 10 na StartSe e também atua na área de Comunidades na empresa. É especialista em inovação, tecnologia e negócios.
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