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7 empresas gigantes que quase morreram e conseguiram se reerguer

Confira as empresas que tiveram momentos muito dramáticos em suas trajetórias e que conseguiram se reinventar e se tornar mais fortes. Se a sua estiver em situação parecida, aposte em inovação: tirar uma empresa da crise muitas vezes é necessário alcançar novos mercados e inovar.

7 empresas gigantes que quase morreram e conseguiram se reerguer

Apple (Foto: Pexels)

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Grandes empresas muitas vezes quebram. Um grande número delas já desapareceu nos últimos anos por falta de inovação: onde estão gigantes como Blockbuster, Yahoo, Kodak e Atari? Outras, porém, enfrentaram a morte e saíram mais fortes do que antes, depois de apostar em inovação e novos produtos.

Separamos aqui empresas que tiveram momentos muito dramáticos em suas trajetórias e que conseguiram se reinventar e se tornar mais fortes. Se a sua estiver em situação parecida, aposte em inovação: tirar uma empresa da crise muitas vezes é necessário alcançar novos mercados e inovar. Saiba como a XP Investimentos superou a crise de 2008 e as lições que ajudaram a StartSe em 2020.

Apple

A precursora dos computadores pessoais passou por grandes dificuldades na década de 90. Depois da saída de Steve Jobs da Apple pela 1ª vez, parece que a companhia só fez produto perdedor – quem não se lembra do Newton – e estava em uma crise sem tamanho. Na virada do século, prestes a quebrar, chamou o fundador novamente para ser CEO da companhia (ao comprar sua startup, a NeXT).

Jobs agiu rapidamente, com a introdução do iMac (que foi um sucesso moderado), conseguiu um investimento polêmico com a Microsoft e focou em inovações. Pouco tempo depois, introduziu ao mercado o iPod, responsável por transformar a Apple nos olhos do consumidor e leva-la ao posto de uma das maiores empresas do mundo.

Crise resolvida, a companhia ainda desenvolveu o iPhone em 2007, aparelho que levou a Apple ao patamar de empresa mais valiosa do mundo e representante de mais de 50% das vendas da empresa nos últimos anos. A companhia hoje vale mais de US$ 1 trilhão e é comandada há quase uma década por Tim Cook, sucessor de Jobs.

BMW (Foto: Pexels)

BMW

Várias montadoras já quase morreram em suas trajetórias. Talvez nenhuma tenha tido um caso tão forte quanto a BMW, que amargou 14 anos de prejuízo desde o final da segunda guerra mundial, até o ano de 1959. Uma votação de acionistas foi chamada nesta época para discutir a dissolução da empresa.

A ideia era vender tudo ou uma fusão com a Daimler-Benz, dona da Mercedes-Benz, que se tornaria a grande rival da BMW eventualmente. As propostas foram negadas pelos acionistas da empresa, que resolveram investir na criação de carros para atingir um novo segmento que a BMW não atingia, os sedãs de 4 portas – com o BMW New Class. Deu certo e a empresa ganhou fôlego.

A partir daquele ano, a BMW voltou a lucrar e comprou uma outra montadora alemã, a Glas, que tinha produtos complementares aos seus e garantiu o crescimento do corpo técnico da BMW para iniciar novos modelos. Logo depois, a BMW iniciaria as séries 3, 5 e 7, que são seus carros mais icônicos até hoje.

Marvel

Dona dos “Vingadores”, a Marvel quase também morreu logo antes de começar a produzir seu universo cinematográfico. A década de 1990 foi extremamente ruim para a companhia – com a queda da venda de quadrinhos -, principalmente na sua segunda metade, com a companhia acumulando prejuízos e crescente dívida até pedir falência em 1996.

Durante a falência, a empresa procurou formas de obter novas receitas e entrar em novos mercados. Nesta mesma época, vendeu os direitos de cinema e suas duas principais franquias (Homem-Aranha e X-Men) para estúdios consagrados de Hollywood. Deu certo e a empresa começou a planejar um universo cinematográfico com suas franquias “B”.

Deu certo e levou um dos personagens mais fracos da Marvel, o Homem de Ferro, ao posto de super estrela. A Marvel começou a ganhar muito dinheiro com os filmes e licenciamentos e acabou sendo comprada pela Disney, que viu no modelo de negócios uma grande oportunidade de ganhar ainda mais dinheiro.

Lego

Outra empresa que teve o final da década de 90 difícil, a Lego chegou em um momento de queda de popularidade e problemas financeiros – afinal, a empresa PERDIA dinheiro por cada produto vendido, ao invés de ganhar. A obsessão da indústria de brinquedos por outros produtos (como videogames) também era grande. Em 2004, teve que demitir boa parte de seus funcionários, afundada em crise.

A Lego fez um plano, apostou pesado em licenciamento de marcas populares (por exemplo, Star Wars e Harry Potter) e fortaleceu a sua própria marca também, com produtos que passavam o universo da própria Lego. A empresa fez uma série de filmes, fortaleceu seus parques de diversões e até mesmo jogos de videogame (transformando os inimigos em… parceiros).

Hoje, a empresa está na liderança das empresas de brinquedo (ultrapassando a Mattel) e conta com poderosos licenciamentos, tanto de terceiros (o Star Wars continua forte) quanto próprios, com a criação da linha Ninjago, que foi para além dos brinquedos e conta com uma forte exposição em televisão, criando brand awareness.

Nokia

Uma reconstrução em andamento! A Nokia foi a dona do segmento de celulares, dominando-o como nenhuma empresa já o dominou. A empresa da Finlândia chegou a ter 80% dele e praticamente o controlava, tendo criado alguns dos primeiros smartphones (radicalmente diferentes de como são hoje) e até mesmo produtos híbridos (como o Ngage).

O primeiro sinal de desgaste veio com o Blackberry, que mostrava que um celular era capaz de fazer mais coisas que os celulares da Nokia faziam. E então veio a Apple, com o iPhone e destruiu os celulares Nokia. A companhia até tentou sobreviver, mas apostou no Windows Mobile (que perdeu frente iOS e Android) e teve sua divisão de celulares comprada pela Microsoft por uma fração do que ela já chegou a valer.

A Nokia agora foca em soluções de tecnologia, pesquisou o 5G aplicável a celulares e pode receber cerca de R$ 15 por smartphone, de qualquer marca, que resolver utilizar sua tecnologia. Além disso, a companhia também prepara uma nova divisão de celulares, agora apostando no sistema operacional Android.

Nintendo

Quem conhece a Nintendo de hoje, não sabe o quanto a empresa é radicalmente diferente de quando ela começou. Nascida como fabricante de um jogo de cartas tradicional japonês, o Hanafuda, a empresa teve que se reinventar como fabricante de videogames na virada da déca de 70 para 90, após as vendas de cartas despencarem nos anos 60.

A empresa anteviu essa queda e investiu em novos negócios na década de 50 e 60, mas todos foram um fracasso (por motivos diferentes). A companhia de táxi teve problemas por conta de sindicatos, a rede de motéis (sim) faliu, assim como a iniciativa de vender comida congelada e a rede de televisões. Em 1966, uma série de brinquedos funcionou e levou a companhia para um novo direcionamento.

Primeiro vieram os brinquedos eletrônicos, para depois desenvolver os primeiros videogames. O Nintendo Entertainment System teve tanto sucesso que conseguiu reviver a indústria de videogames no ocidente. Nos anos recentes, a empresa passou por crises diversas, mas vem conseguindo dar a volta por cima com produtos inovadores como o Wii e o Switch.

Starbucks

A Starbucks é um caso um pouco diferente, mas tão importante de se estudar quanto. O quanto uma empresa depende da visão de seus fundadores. Com 2.500 lojas no ano 2000, a empresa era super rentável, quando o fundador e CEO, Howard Schultz, resolveu sair da companhia.

Seu sucessor empreendeu uma expansão muito rápida da rede, chegando a 16.000 lojas em 2008. Isso destruiu a rentabilidade das lojas (muitas vezes, havia uma loja da rede a cada esquina, disputando mercado) e colaborou para um enfraquecimento da marca perante seu público.

Nesse cenário de caos, Howard Schultz resolveu retomar sua posição como CEO da empresa. Ele fechou todas as lojas da Starbucks temporariamente para ensinar os funcionários a fazer um bom café (com o intuito de melhorar a qualidade do produto) e diminuiu a competição entre lojas da companhia. Além disso, fez com que todos os funcionários aprendessem os valores da companhia. Deu certo e a Starbucks voltou a ser uma empresa rentável, com cerca de 20 mil lojas melhores espalhadas hoje em dia.

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