Patrícia Schuindt, psicóloga e mentora de carreira, traz os principais insights do Vale do Silício. Confira!
Vale do Silício (foto: Getty Images)
, Redator
12 min
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28 jul 2023
•
Atualizado: 28 jul 2023
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Por Patrícia Schuindt
Psicóloga | Coach (PCC/ICF) | Mentora de Carreira | Especialista em Saúde Mental | Sócia da R122
Após minha imersão no Vale do Silício, tenho compartilhado sobre a experiência durante as conversas com líderes e empreendedores, e sempre me perguntam quais os principais aprendizados.
Existe um conhecimento sobre criar um negócio de sucesso que precisa ser aprendido e lá eu vi claramente sobre isso. Vi o quanto é importante definir um problema com clareza, traçar hipóteses, propor soluções, desenvolver um produto e testá-lo, mesmo não estando em seu estágio mais maduro.
Mas isso justamente para aperfeiçoar depois, considerando o que os clientes pensam. Mas não para por aí, vimos muito também o quanto o modelo de negócios é fundamental, além do bom produto, para realmente dar certo. Isso especialmente porque as startups têm a característica de buscar chegar a um estágio em que será possível o crescimento exponencial, por conta da repetibilidade e escalabilidade, possíveis por conta da base tecnológica. Bom, ensinar sobre isso é grande especialidade da StartSe, então vale a pena acompanhar (não é publipost, tá? rs Falo porque realmente eles podem te ajudar).
Estar imerso em um ambiente que fomenta a mentalidade empreendedora pode acelerar o aprendizado. Não só pela parte de conhecimentos técnicos em negócios, mas também pelo incentivo à coragem de construir algo que acredita, sabendo dos riscos de não dar certo, mas fazendo de tudo para que dê (o dado marcante de que 9 entre 10 start ups não dão certo, aparece em vários momentos.
Por isso, fracassar e falhar não significa um rótulo de incompetência ou de que nunca dará certo. Mas significa que você tentou e agora está mais forte para a próxima jornada. Conhecimento se acumula.
Ah, mas e o dinheiro que não tenho? Aí entra sua capacidade de vender sua ideia a pessoas e obter investimentos.
Em cada fase do negócio, aportes diferentes, mas no fim, saber fazer um bom pitch faz toda diferença. Lá é o lugar certo para se aprender sobre isso, já que se destaca no mundo pela quantidade de investimentos / venture capital ou capital de risco. São bilhões investidos para que negócios decolem. Mas aqui no Brasil também há oportunidades que você pode buscar isso.
Nessa linha também, algo que me chamou demais a atenção é o quanto alguns empreendedores, hoje de sucesso, precisaram se reinventar, e conseguiram! Impressionante ouvir as histórias, de pessoas que 'chegaram ao fundo do poço' e precisaram se levantar e sair para construir sua nova realidade. Com humildade, determinação e vontade de fazer acontecer (além de muitas outras coisas, claro).
Inclusive a palavra chave - resiliência - e fortalecimento emocional contam. Quando tudo ao redor está desfavorável, mas dentro de você há algo que diz para seguir e tentar novamente. Como você tem cuidado de você nesse aspecto?
Pude entender um pouco mais da Inteligência Artificial, que é o tema da vez, mas não o suficiente para ensinar qualquer coisa (rsrs) porque estou ainda aprendendo. Mas tive vários start como me esforçar para conhecer algumas ferramentas, entender o que é possível usar em diferentes trabalhos e que é mais que necessário que empresas parem para pensar em possibilidades e possíveis entraves ao negócio atual, para se reinventarem também. Mas não se desespere...
Ao invés de se preocupar com o que a inteligência artificial vai nos tirar ou somente visualizar os riscos, pense no que pode surgir de novo e busque ser parte disso, seja ao atualizar sua atuação profissional, criar inovações no negócio, obter um novo conhecimento e ser útil à transformação digital...enfim. Não tem noção de por onde começar? Procure pessoas, conteúdos e eventos e comece sua jornada!
Gostei muito de conhecer por meio de uma palestra sobre o modelo de planejamento e execução do Google e o modo que fazem a gestão. Vimos o modelo de OKRs sendo executado com fluidez e de maneira clara para todos. A partir da estratégia e direcionamento da alta liderança, são estabelecidas metas, mas há também o espaço para criação de metas pela equipe, o que traz uma inteligência e engajamento, ao construir coletivamente as soluções e novos produtos para o negócio.
Posso errar em algumas informações aqui (releve e corrija por favor), mas pelo que entendi, de segunda-feira, eles focam em preparar e planejar a semana, terça-feira, trabalho coletivo, com reuniões de até meia hora cada uma. Sendo que para toda reunião as pautas precisam ser estabelecidas antes para que todos tenham acesso e possam se preparar, assim se torna mais produtivo, além disso, o respeito com a agenda e tempos de conciliação com questões pessoais (se estou deixando minha filha na escola você vê na minha agenda e pode não esperar uma resposta naquele momento).
Acho que isso ajuda a gestão das interações e para que não se fique alerta o tempo todo. E seguem os dias da semana com uma organização e um jeito de trabalhar que as pessoas sabem o que vai acontecer e os focos a cada dia. Amei!
Eles também trazem muito a experiência do quanto a diversidade é positiva na inovação e no mundo dos negócios, não somente a diversidade de gênero ou racial, mas também todas as outras diferenças (etária, cultural, relacionadas a pessoas com deficiência, etc). No Learning Experience, que foi o nome da imersão que fiz com a StartSe, tivemos a oportunidade de vivenciar um pouco disso no grupo que foi criado para montar uma startup ao longo da semana, até chegar à apresentação para investidores. Entendo que nesse tema é importante se abrir e saber desenvolver competências de inclusão, colaboração, escuta e o autoconhecimento em si.
Por fim, uma outra palestra que aprendi muito foi sobre a cultura Netflix, de liberdade e responsabilidade, em que foi falado sobre a Densidade do Talento como algo a se considerar para os momentos iniciais de um negócio, para que se possa ter bons tomadores de decisão e que possam ajudar nas criações que um novo negócio precisa. E que a cada fase do negócio, novos perfis podem ser priorizados (por exemplo quando as coisas estão mais definidas, há regras e sistemas, pessoas com menor senioridade poderão fluir bem, diferente de quando ainda há muito para se definir e estabelecer).
Bom, pra fechar, só ressaltar que comecei a escrever um post que era pra caber tudo na legenda, mas me empolguei aqui e fiz esse texto maior, de maneira bem informal e com o que vinha na minha cabeça. Espero que ajude a pensar e possa abrir possibilidades de ações. Qualquer dúvida ou algo que queria saber, escreva aqui.
E se você chegou até aqui é porque quer mesmo aprofundar no tema.
Faça parte da próxima turma de brasileiros que irá aprender com empresas e experts do Vale do Silício.
Todos os anos, a StartSe realiza imersões de negócios para o Vale do Silício, focado em networking, inovação e novas ferramentas e soluções para capacitar brasileiros para o mercado global. Confira aqui todos os detalhes da próxima turma porque as vagas são limitadas a poucos participantes.
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