Rodrigo Murta, CEO da Looqbox, escreveu A Arte de GPTear e nos conta como conversar com robôs
, Jornalista
7 min
•
21 ago 2023
•
Atualizado: 22 ago 2023
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Já precisou de uma informação da empresa e teve que recorrer a um banco de dados gigantesco ou perguntar para as pessoas envolvidas no projeto? Pois é, Rodrigo Murta, fundador da Looqbox, também, mas ele viu aí uma possibilidade. “Eu queria transformar aquela pergunta em uma resposta direta”, diz ele.
Isso era 2013, quando ele viu que os dados do mundo estavam disponíveis a um clique no Google e o das empresas, não. “Em 21 Lições para o Século 21, ele fala que no mundo inundado por informações irrelevantes, clareza é poder. Então é isso.” Foi assim que surgiu a Looqbox, usando linguagem natural para, com uma pergunta, o usuário ter acesso à resposta, puxando de um banco de dados da empresa -- como no ChatGPT, sabe?
Inclusive, o ChatGPT ajudou a tangibilizar o trabalho que eles vinham fazendo até aqui: “aquilo que a gente faz para empresas é o que o GPT abriu para o mundo.” E com toda essa bagagem, ele entendeu que era a hora de colocar seus conhecimentos da ferramenta de forma acessível para quem quer usá-la da melhor forma, através do livro Conversando com Robôs: A Arte de GPTear.
O prompt é o superpoder por trás do uso do ChatGPT. Inclusive, a OpenAI já anunciou atualizações para ajudar na criação deles -- você pode ler mais aqui.
“O exemplo que trago no livro, que foi que me impactou muito, foi que um amigo meu teve um filho e resolvi fazer um teste. Disse para o ChatGPT para dar parabéns ao Arthur, pois o seu filho nasceu hoje. Ele escreveu assim: “Parabéns Arthur pelo nascimento do seu filho”. Essa mensagem não precisava do GPT para ser gerado. Eu continuei: “é meu melhor amigo, seja mais carinhoso”.
Ele começou a melhorar a mensagem. Dei algumas informações pessoais, disse que era um cientista e pedi um toque de humor usando ciência. Fiquei impactado com o resultado final. “Arthur, parabéns pelo seu filho, sabemos que uma nova criança vai aumentar em até 400% as chances de você não dormir direito pelos próximos 18 anos, em compensação, aumenta em 1.000% as chances de você ter amor incondicional na sua vida. Curta esse momento!” Depois disso, decidi divulgar isso para as pessoas”, conta Rodrigo.
Rodrigo acredita que o formato do ChatGPT, que facilita a comunicação e acelera a informação, vai abrir portas para as empresas, tanto em relação com o cliente, como com os colaboradores.
“Para o consumidor, eu acho que vai ter um canal muito interessante de interagir com as empresas. Eu acredito que não vai ser mais uma metáfora a voz da empresa, o tom de voz da empresa. Não, toda a grande corporação, e depois isso vai ficar mais acessível, ela vai ter a sua voz mesmo que é uma LLM, que é a tecnologia base, onde ela vai poder comunicar pro seu consumidor de uma forma incrível.”
“E internamente, pro colaborador, é como que você navega também na informação da empresa de uma forma muito mais acessível. A gente tem grandes clientes aqui, como a Via Varejo, e eles têm um exército de pessoas pra responder questões como minha meta acho que está acoplada errada, quando é que caiu o meu VR, como é o cálculo do IR aqui da minha folha. E isso a gente vai responder com muito mais inteligência e velocidade com essas tecnologias.”
“Você pode ter uma cultura incrível de dados, no Excel, inclusive, muito organizado. Você pode ter uma cultura horrível de dados com as melhores ferramentas de mercado. Porque é uma questão de pessoas, não é uma questão de ferramentas”, diz o autor.
Desde o início da empresa, ele olhava para como democratizar a cultura de dados. Por isso, ele escreveu o livro e vem focando em educação.
Depois de 10 anos trabalhando com a tecnologia, Rodrigo resolveu trazer sua experiência para o público e dividiu o livro em 16 conversas, associando cada uma delas a vivências culturais brasileiras. Em cada um dos tópicos, ele traz pontos positivos e negativos da tecnologia.
Afinal, é fundamental neste ponto focar em empoderar os usuários com todos os potenciais.
“Então eu digo que isso é muito mais importante que regular, né? É você saber utilizar e educar as pessoas a tirar o melhor dessa tecnologia e como fazer ela se se adequar”, explica.
Ele, inclusive, usou um robô para autografar os livros na noite de estreia. Disse que pode aproveitar para dar entrevistas e cumprimentar as pessoas, enquanto o robô fazia seu trabalho braçal, já que foi previamente treinado com a caligrafia do autor e tinha comandos para cada uma das dedicatórias.
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Jornalista focada em empreendedorismo, inovação e tecnologia. É formada em Jornalismo pela PUC-PR e pós-graduada em Antropologia Cultural pela mesma instituição. Tem passagem pela redação da Gazeta do Povo e atuou em projetos de inovação e educação com clientes como Itaú, Totvs e Sebrae.
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