A We Bro Pay – fintech que facilita o processo do pagamento de comissões de corretores – faturou R$ 1,4 milhão em seu primeiro ano de operação, lucrando R$ 300 mil. Entenda o negócio.
a-fintech-do-mercado-imobiliario-faturou-1-4-milhao. (Foto: GettyImages)
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6 min
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17 mai 2022
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Por Victor Marques, da CapTable Brasil.
Os grandes unicórnios do segmento de proptech, como QuintoAndar e Loft, revolucionaram o mercado imobiliário no Brasil, para compradores, vendedores, locatários e locadores. Agora, as atenções devem partir para incluir serviços que tornem as operações mais produtivas e alavanquem o crescimento dos negócios.
A gestão de comissões de vendas de corretores autônomos, por exemplo, representa uma fonte de problemas para imobiliárias – sejam físicas ou digitais. Além da complexidade da gestão, são rotinas financeiras de alto risco, com potencial para gerar problemas trabalhistas (com o pagamento de corretores sem vínculo empregatício com a imobiliária) e fiscais, com risco, por exemplo, de haver bitributação nas transações.
Para além dos problemas jurídicos, operacionalmente, a divisão e pagamento desse tipo de comissão incorre em desgaste operacional, especialmente em estruturas de corretores que contam com divisão da comissão por níveis da operação, além da parte da imobiliária em si.
A We Bro Pay nasceu para entregar uma experiência consistente ao comprador do imóvel, que efetua apenas um pagamento, ao mesmo tempo que oferece uma esteira de serviços financeiros complementares para corretores autônomos, incluindo: controle, adiantamento e cobrança de comissões.
Tudo isso ocorre através de um app, possibilitando a resolução de problemas de pagamento de comissões entre imobiliárias e comissionados, visibilidade de saldo, extrato, comissão futura, contratos, clientes, boletos e cobranças.
A fintech hoje opera em São Paulo, com 30 imobiliárias e mais de 2 mil corretores cadastrados. Com esses números faturou R$ 1,4 milhão em 2021, seu primeiro ano de operação, e atingiu o break-even, tendo lucro de R$ 300 mil no mesmo período. A margem de lucro deve ser ainda maior nos próximos anos, chegando a 70%.
O mercado é gigante: são mais de 40 mil imobiliárias no Brasil e 400 mil corretores cadastrados no órgão nacional – e, em um mercado que conta com muita informalidade, o número total deve ser ainda maior. As previsões indicam que R$ 4 trilhões devem ser movimentados em transações imobiliárias até 2035. Só de comissões pagas pelos compradores, são movimentados R$ 7,5 bilhões ao ano, ou seja, caso a We Bro Pay conquiste 20% desse mercado, movimentará R$ 1,5 bilhão ao ano.
A fintech pretende conquistar esse mercado através de sua solução 100% escalável, o app foi desenvolvido internamente e é 95% automatizado. Prova disso é que o crescimento no faturamento da We Bro Pay vem sendo de 30% a cada trimestre.
Para crescer, a We Bro Pay deve expandir sua presença territorial, indo além de São Paulo, atual foco do negócio. Os primeiros negócios já foram firmados em outras cidades e, agora, com a estruturação da equipe comercial, devem partir para dominar o Sul e o Nordeste. Vale lembrar que, como negócio digital, os custos são reduzidos para expandir a operação para todo Brasil.
Outra maneira de crescer o negócio será através de parcerias estratégicas com outras empresas do setor imobiliário, CRMs, plataformas de anúncios e órgãos reguladores.
A We Bro Pay atende uma dor ainda não sanada no mercado imobiliário, sendo a única fintech focada em comissões de corretores no mercado. Com um CAC/LTV de mais de 7x, a fintech deve crescer exponencialmente. Para desenvolver um novo produto com receita recorrente e ampliar os investimentos em marketing e equipe comercial, a We Bro Pay está buscando sócios através da CapTable, a plataforma de investimento em startups da StartSe. Confira a oferta completa.
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Victor Marques é Head de Conteúdo na Captable, maior hub de investimentos em startups do Brasil, que conecta seus mais de 7000 investidores a empreendedores com negócios inovadores. Escreve há mais de dois anos sobre inovação. Formado em Letras e Mestre em Linguística pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
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