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A nova estratégia do Whatsapp e o futuro da tecnologia

Empresa anuncia que aplicativo será mais amigável para troca de sistemas operacionais. Mas o que isso pode ensinar para você e sua empresa?

A nova estratégia do Whatsapp e o futuro da tecnologia

WhatsApp (Foto: Pexels)

, Head de Conteúdo

7 min

27 ago 2021

Atualizado: 18 ago 2023

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A vida tem dessas coisas. A gente lê algo anos atrás e nem sabia que lembrava. Aconteceu comigo, nesta semana.

Durante a graduação, li de um filósofo que cidade e campo vão se unir num único borrão - um contínuo de urbanização e ruralidade, sem início ou fim. Puramente tecnológico, funcional, capitalista, futurista.

O autor dessa frase é Karl Marx. Não, o texto não vai ser sobre política (nem se empolgue…!). Quero simplesmente dizer que esse jogo randômico de associação que a memória faz nos momentos mais imprevisíveis.

Não sei o porquê, mas eu lembrei disso quando comecei a ler uma matéria na Fast Company sobre a funcionalidade que o WhatsApp está trazendo para os seus próximos updates:WhatsApp is making it easier to switch from iPhone to Android without losing your chats”, diz a headline. Em tradução livre, significa “o WhatsApp está tornando mais fácil trocar de iPhone para Android sem perder suas conversas”.

uma notícia que de início pode parecer completamente banal - e até mesmo esperada, para não dizer atrasada. Slack, Telegram, Facebook Messenger, Viber todos esses serviços não têm o problema que o WhatsApp tem para transferir o histórico de mensagem de um OS para outro.

A justificativa a gente conhece: é porque a criptografia de segurança das mensagens são point-to-point, o que torna o histórico não-agnóstico e portanto intransferível.

Só que, pare para pensar. Há quanto tempo nós usamos o WhatsApp como meio de comunicação? Há mais de 10, a contar da criação do app, em 2009. E hoje, segundo os dados, 99% dos celulares brasileiros têm o app instalado. No mundo todo, tem 2 bilhões de usuários.

Bom, mas e o que uma coisa tem a ver com a outra?

Talvez a pergunta mais óbvia seja esta: Se o WhatsApp é o mensageiro de smartphones mais popular do mundo, tendo sido comprada pelo Zuckerberg por causa da sua relevância por US$ 19 bilhões lá em 2014… por que tanto tempo até arrumar uma solução que qualquer pessoa que precise trocar de OS está esperando?

Independentemente da resposta, essa situação me traz a uma conclusão (que provavelmente foi o que me deu o estalo para me lembrar da frase do Marx que citei lá em cima). Do mesmo jeito que as barreiras entre campos e cidades iriam se desfazer na frase desse pensador, barreiras de incompatibilidade, de sistemas e organizações diferentes também não terão espaço dentro da modernidade.

No nosso livro Organizações Infinitas - que o Cristiano Kruel, o Junior Borneli e eu escrevemos - eu menciono a derrubada das barreiras entre o humano e o artificial, assim como uma outra pensadora, a Donna Haraway, previu no início dos anos 1990. Do mesmo jeito que hoje uma placa de titânio pode unir ossos fraturados, um pedaço de carbono pode funcionar como um face-shield/óculos escuro de realidade aumentada e um nanochip pode nos pôr em contato com o outro lado do mundo, já não há mais limites “naturais” a nada. Tudo está interconectado. Estamos num contínuo infinito de possibilidades e conexões - um blur entre natureza e indústria, possibilidades e destinos.

Acho que qualquer organização hoje precisa levar isso em consideração: como posso me tornar infinito? Como posso ser um nodo intercambiável nessa patchwork de possibilidades e conexões?

De novo, eu realmente não acredito que nada hoje não possa ser conectado. Por isso que barreiras são algo considerado tão arbitrário, e até certo ponto injusto, atualmente. Por isso, pouco importa se a Apple procura se distanciar mais e mais do Android, tornando tudo mais incompatível. Ela pode tentar estabelecer limites - mas nós não. Nós estamos indo para esse blur da modernidade, em que tudo é sem limites, sem barreiras e sem fim.

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Head de Conteúdo e Partner na Startse. Mais de 20 anos de experiência na coordenação e produção de conteúdo editorial e para marcas. Fala sobre estratégia, inovação, tecnologia e comunicação.

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