A revolução do Fast Fashion: moda em alta velocidade

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Roupas de frio e de calor: era assim que a imensa maioria das pessoas entendia o mercado da moda. Parecia que haviam apenas duas coleções por ano, a de inverno e a de verão. E ninguém prestava muita atenção em algo fora disso.

Contudo, à medida que o mundo acelera, que as redes sociais surgem e que um vídeo de 30 segundos fica "longo demais", esperar 6 meses por uma nova coleção ficou algo totalmente fora de moda.

Aos poucos foi surgindo o que chamamos hoje de "Fast Fashion", novas coleções e modelos de roupas que surgem o tempo todo, quase em "real time". E sabe quem puxou a frente disso? Os chineses.

A imagem abaixo ilustra bem. A SHEIN lança anualmente cerca de 1,3 milhão de novos modelos de roupas. São nada menos que 3,5 mil novos modelos por dia! Agora olha a comparação com Gap, H&M e Zara, gigantes do setor.

Imagina que um vídeo qualquer viraliza e que milhões e milhões de pessoas curtem e falam sobre ele. Pode ter certeza que amanhã, no site ou no aplicativo da SHEIN, aparecerão dezenas de versões de camisetas sobre o tema.

O "Fast Fashion" caracteriza-se pela produção muito rápida e de peças com preço baixo. Nem sempre são feitas para durar muito, afinal de contas amanhã a tendência já será outra. E amanhã, outra. E outra...

É claro que o lado negativo disso é o impacto ambiental, o consumo alto de energia, a baixa reutilização das roupas e outras coisas. Ao todo, num único ano, são fabricadas 10 bilhões de peças de vestuário.