Embora com lucros positivos, o desempenho da Amazon em relação aos períodos anteriores caiu ligeiramente, o suficiente para analistas e investidores recuarem na compra de ações da marca.
Sede da Amazon (foto: divulgação)
, Produção de Conteúdo
6 min
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28 out 2022
•
Atualizado: 31 jul 2023
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As ações da Amazon estão sob pressão de negociação nesta sexta-feira, após projeções de venda da marca na temporada virem bem abaixo da expectativa projetada.
De um dia para o outro, a gigante do e-commerce viu suas ações balançarem na NASDAQ, um dos principais índices do mundo e a segunda maior bolsa de valores do mundo, em um fechamento de quase 13% abaixo em comparação ao período anterior.
O ano foi difícil para a Amazon, que vem enfrentando alta nas taxas de juros e inflação. Desde o início de 2022, as ações da marca já caíram 34,88%, o que reflete a queda de quase metade do lucro operacional da empresa em relação ao ano anterior (de US$ 4,85 bi para US$ 2,53 bi).
Embora a Amazon Web Services (AWS) tenha apresentado faturamento de US$ 20,53 bilhões, alta de 27% em relação ao ano passado, e a receita de anúncios tenha alcançado US$ 9,54 (crescimento de 25%), o mercado ainda assim não gostou dos resultados da organização.
A receita esperada para o quarto semestre de 2022, segundo a própria Amazon, será por volta de US$ 145 bilhões, cerca de 10 bilhões a menos nas previsões de vendas dos analistas. Isso além do prejuízo de 3 bilhões de dólares nos primeiros 9 meses do ano.
Apesar de sua posição de liderança em e-commerce e serviços de nuvem, a Amazon se torna um investimento com fortes perspectivas a longo prazo. Os investimentos contínuos em infraestrutura, a expansão da AWS e digitalização, representam um indicador positivo de crescimento. Além disso, a empresa alegou que suas mudanças nas políticas e estratégias de encantamento de clientes permanecem positivas.
Não é novidade para ninguém que Jeff Bezos sempre apostou no longo prazo. Para ele, sempre é dia 1. E, sem dúvidas, para quem investe, a Amazon é uma sólida aposta de longa duração, ainda com os contratempos apresentados. No entanto, isso não significa que a empresa esteja acomodada em uma zona de conforto.
Recentemente, desde o início da pandemia, vimos uma onda de crise entre gigantes do comércio e tecnologia. Grandes empresas como Amazon, Netflix e Google, passando por reavaliações e quedas. A Apple é uma das únicas a driblar possíveis efeitos da crise e continuar crescendo exponencialmente. O que prova que, não importa o tamanho e relevância da organização, é sempre necessário se reinventar para continuar infinita.
Junto com a divulgação dos resultados do trimestre, o atual CEO da Amazon, Andy Jassy, deu a seguinte declaração no documento: “Há muita coisa acontecendo no ambiente macroeconômico, e vamos equilibrar nossos investimentos para ser mais ágil sem comprometer nossas principais apostas estratégicas de longo prazo. O que não mudará é nosso foco maníaco na experiência do cliente, e nos sentimos confiantes de que estamos prontos para oferecer uma ótima experiência para os clientes nesta temporada de compras de fim de ano".
Além disso, numa tentativa de vender mais, a Big Tech estará realizando um Esquenta de Black Friday, com descontos de até 50% em livros e ebooks, e descontos que variam de 15 a 30% em diversas categorias, como artigos de decoração e casa inteligente, higiene pessoal, alimentação e bebidas (alcoólicas e não alcoólicas), automotivos, brinquedos e jogos etc.
No mais, os assinantes do Amazon Prime terão direito a desconto de 12% na compra do iPhone 14. Na tentativa de alavancar as vendas do último smartphone da Apple, que teve o pior desempenho entre seus lançamentos em comparação aos modelos anteriores, e recuperar o prejuízo da Amazon, duas gigantes da tecnologia se juntam.
A previsão dos resultados para o ano que vem ainda não foi divulgada.
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Produtora de conteúdo na StartSe, roteirista e organizadora do Podcast Organizações Infinitas.
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