A a16z acabou de anunciar que vai investir em outro novo negócio do executivo: a proptech Flow
Flowcarbon (Fonte: Divulgação)
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Apesar de não revelar muitos detalhes sobre o negócio, o cofundador da a16z, Marc Andreesen, deu a notícia nesta segunda (15) em um post no blog da gestora. “Adam é um líder visionário que revolucionou a segunda maior classe de ativos no mundo – imóveis”, destacou o investidor.
É isso aí mesmo: depois de criar e tornar a WeWork uma das startups mais quentes do mundo em meados dos 2010s com sua proposta de coworking e locação de espaços de trabalho para grandes empresas, a Flow é uma nova aposta de Neumann em produtos imobiliários. O site da companhia não dá muitos detalhes sobre o que a empresa entrega, mas mantém a linha messiânica do empresário durante sua liderança na WeWork, frisando que vai “transformar o mercado de aluguéis”, incluindo camadas de serviço e comunidade sobre sua oferta básica.
Mesmo com todo o enigma, parece que a Andreesen Horovitz comprou a ideia de Neumann com vontade. Segundo apurou o New York Times, a nova empreitada de Neumann está recebendo um cheque de US$ 350 milhões, o que já coloca a Flow na condição de unicórnio antes mesmo de abrir suas portas. A companhia deve entrar em operação em meados de 2023, e Marc Andreesen estará no conselho de administração.
Para tirar o seu novo negócio do papel, Neumann já cobriu algumas bases no início deste ano. Segundo informações do Wall Street Journal, em janeiro o empresário comprou direitos em mais de 4 mil apartamentos em cidades de alta procura como Miami, Fort Lauderdale, Atlanta e Nashville, já acumulando cerca de US$ 1 bilhão em valores de imóveis.
Segundo destacou Andreesen em seu post, a empolgação com a Flow – que não tem nenhuma relação direta com a Flowcarbon a não ser o nome – é que o mercado imobiliário está “pronto” para disrupções, com mais pessoas trabalhando de casa e querendo melhores experiências com a vida residencial. Além disso, ele sugeriu que a nova companhia pode trazer algo inédito ao formato do aluguel – possibilitando a compra de participações no imóvel em paralelo às mensalidades tradicionais.
O voto de confiança da A16z na Flow – ainda mais com um cheque generoso – dá peso à proposta de Neumann, um sujeito com grande capacidade de empolgar investidores em torno de suas ideias mirabolantes. Entre 2013 a 2018, a WeWork esteve entre as empresas mais badaladas do mundo, empolgando grandes investidores. Neste rol está o CEO da SoftBank, Masayoshi Son, que colocou US$ 5 bilhões na empresa cuja proposta era “mudar a mentalidade do mundo” – sendo que a WeWork era, essencialmente, uma empresa de espaços de coworking.
Depois de ser avaliada em US$ 46 bilhões, a empresa despencou em valor às vésperas de sua oferta pública de ações (IPO), em meio à publicação decepcionante de documentos sobre o negócio, e a descoberta de práticas internas pouco confiáveis. Por exemplo, Neumann utilizou créditos pessoais para comprar imóveis, alugando-os em seguida para a WeWork, embolsando os valores dos contratos.
Em meio à má publicidade, no final de 2019 Neumann foi removido do cargo de CEO, levando um cheque de US$ 1,7 bilhão do Softbank para sair do negócio. Atualmente a empresa vale US$ 9 bilhões. A trajetória de Neumann chegou a render um seriado lançado este ano (WeCrashed).
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