Conheça o Lab de Inovação da Ajinomoto do Brasil e saiba mais sobre a importância de inovar no mundo dos negócios
Reprodução/Ajinomoto
, redator(a) da StartSe
8 min
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27 jan 2025
•
Atualizado: 27 jan 2025
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Por anos a fio, “ter Sazón” era um ditado popular que significava ter gosto, ter tempero. Graças a campanhas publicitárias bem sucedidas e um produto que em 2025 completa 37 anos de mercado, a Ajinomoto entrou para a lista de empresas que estão ali, em algum lugar, na memória (e na cozinha) do consumidor.
Além da marca Sazón, a empresa emplacou outras como MID e VONO. Uma empresa do porte Ajinomoto com marcas consolidadas no mercado nacional poderia seguir a fórmula que funcionou muito bem nos anos 90: campanhas publicitárias, parcerias comerciais, um bom jingle, rostos conhecidos fazendo sua propaganda. Mas está claro que isso, ou só isso, pode até gerar valor de marca no agora, mas não paga a conta do futuro.
Por isso, a empresa investiu no caminho da inovação.
Em 2019 criou o AjinoLab, um hub de inovação aberta dedicado a identificar e apoiar startups e soluções que inovem a partir da biodiversidade e de maneira sustentável e ética.
O AjinoLab não apenas promove soluções inovadoras que retornam em valor para a Ajinomoto do Brasil, mas também faz a ponte entre desafios e oportunidades internas com soluções externas, envolvendo startups, academias, institutos de pesquisa e eventos de inovação.
É um olho dentro da empresa e outro fora. Ambidestria na gestão do agora e do futuro.
Nós conversamos com a Juliana Okuda. Ela é a gerente de inovação da Ajinomoto do Brasil e detalhou os próximos passos da companhia.
"Na Ajinomoto do Brasil, entendemos que é fundamental fazer conexões com o ecossistema de inovação aberta, além de acelerar nossa agenda ESG, por isso desenvolvemos o AjinoLab com uma atuação transversal à toda a empresa, para buscar startups e soluções para temas estratégicos dentro do nosso negócio, como foodtechs que inovem em biodiversidade de uma maneira sustentável e ética”, detalha Juliana.
O Lab de Inovação da Ajinomoto do Brasil conta com cases de marcas que o consumidor já encontra no mercado, como a Manioca.
“A Manioca é uma foodtech sustentável que trabalha com agricultura regenerativa e produz molhos, farofas e outros produtos a partir da mandioca e diversos ingredientes amazônicos. Nos unimos para oferecer produtos mais saudáveis e sustentáveis para atender às crescentes demandas do mercado.”
As empresas tocam um plano colaborativo de negócios abrangente, incluindo a implementação de estratégias conjuntas para aprimorar a distribuição e a inovação em alimentos saudáveis.
“A expectativa é que as vendas dos produtos da Manioca alcancem um crescimento significativo, com resultados que representem mais do que o dobro do que foi conquistado até o final de 2023”, conta Juliana.
Outra parceria que nasce do Lab é com a Food2Save, startup que vende produtos próximos ao vencimento, desviando da destinação a aterros sanitários. A empresa destinou 1.2 tonelada de alimentos próximos ao prazo de validade, em perfeitas condições de consumo.
Foi também de uma iniciativa do AjinoLab, em trabalho conjunto com a Fretefy, uma startup de logística com foco em TMS (Sistema de Gerenciamento de Transporte) e DMS (Sistema de Gerenciamento Distribuído), que a empresa conseguiu alcançar uma redução de 95% de custos relacionados à ineficiência operacional versus o ano anterior.
O AjinoLab é composto por quatro mulheres: Adriana Moucherek, Diretora de Comunicação, Marketing, Trade, Inteligência de Dados, Inovação e E-Commerce; Juliana Caro, gerente de Digital, E-Commerce e Inovação; Giovanna Coelho, especialista de Inovação Aberta e Juliana Okuda, gerente de inovação.
Juliana detalha que entre as metas de 2025 está a missão de provar o valor da inovação aberta e ampliar a atuação do departamento, com máxima eficiência.
“Iniciamos em julho do ano passado um programa de embaixadores internos de inovação, bastante audacioso, que tem previsão para terminar em maio. Foi uma oportunidade e uma forma de pulverizar a cultura inovadora. A partir de um programa com uma trilha robusta, todos tiveram que escolher um desafio estratégico de seus departamentos e buscar soluções no ecossistema de inovação aberta, desenhar, executar e mensurar o projeto piloto, e, por fim, partir para a ação.”
“Essa foi a forma que encontramos de fomentar a cultura da inovação e ter profissionais trabalhando o assunto dentro de suas áreas específicas. Após a finalização do programa, em maio, o objetivo é ampliá-lo de uma forma em que cada vez mais as pessoas percam o medo do risco inerente à inovação e ampliem seus olhares e possibilidades sobre o tema”, finaliza Juliana Okuda.
O case da Ajinomoto do Brasil, com a criação de um laboratório de inovação com atuação transversal na empresa, mostra que inovar mesmo nos mercado mais tradicionais é uma necessidade vital.
A história mostra que mesmo empresas líderes em seus segmentos, quando param de inovar, tendem a perder mercado. Kodak, Blackberry, Blockbuster, Myspace, Nokia, entre tantos outros exemplos, mostram que a conta do futuro se paga no agora.
Se você é uma liderança e quer entender mais sobre cultura da inovação, novas dinâmicas de mercado, novas tecnologias e novas formas de gestão, conheça o programa que mais capacita gestores no Brasil.
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redator(a) da Startse
Jornalista e Copywriter. Escreve sobre negócios, tendências de mercado e tecnologia na StartSe.
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