Os criptoativos vão muito além do Bitcoin! Reunimos seis iniciativas que estão se destacando – inclusive o Dogecoin, que nasceu como uma piada
, jornalista da StartSe
6 min
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24 mar 2021
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Por Tainá Freitas
Embora o Bitcoin seja a mais famosa e valiosa de todas as criptomoedas, há milhares de moedas criptografadas circulando pela internet. Apenas o site Investing.com lista mais de 4.700 diferentes modelos, que possuem valores e volume transacionados que mudam todos os dias.
Mas, afinal, o que é uma criptomoeda? As criptomoedas são ativos digitais descentralizados – ou seja, não podem ser emitidos ou controlados por governos. Elas são, por regra, registradas na blockchain – um livro aberto criptografado que eterniza todas as transações realizadas.
Existem, ainda, os criptoativos, categoria em que as próprias criptomoedas fazem parte. Os criptoativos são ativos digitais criptografados, que podem possuir ou não valor monetário. Embora sejam semelhantes em seus formatos, podem possuir objetivos diferentes. Conheça alguns:
A Moss Earth é um criptoativo para quem deseja mitigar suas emissões de gás carbônico (o principal causador do efeito estufa) no meio ambiente. Ao comprar um MCO2, o usuário está compensando sua emissão de carbono em uma tonelada.
Cada MCO2 é gerado por projetos de conservação que evitam a emissão do gás e contribuem, portanto, na neutralização destes. A iniciativa é interessante principalmente para empresas que são obrigadas ou se comprometeram a diminuir a pegada de carbono. A medida não apaga o que já foi emitido, mas evita que terras sejam desmatadas, entre outros.
As transações de MCO2 são registradas na blockchain Ethereum e possuem, portanto, certificação digital.
“É indiscutível o senso de propósito da Moss Earth. É usar tecnologia para um bem maior além do dinheiro, e ainda no meio do caminho há a possibilidade de lucrar com a valorização do carbono em si”, contou Bernardo Quintão, diplomata do Mercado Bitcoin em entrevista à StartSe.
Alguns dos projetos apoiados pela Moss Earth:
A Chainlink é a criptomoeda dos “oráculos”. A moeda consulta, conecta e verifica informações de várias blockchains e do “mundo real”. Os blockchains, sites de notícias e outras fontes confiáveis se tornam oráculos para garantir a veracidade das informações, que ficam registradas através de contratos inteligentes.
A Chainlink também utiliza a blockchain do Ethereum, que permite o registro de contratos e trocas de informações.
A DOT, criptomoeda da Polkadot, é outro ativo que tem chamado atenção pelas redes. A iniciativa foi criada por Gavin Wood, cofundador do Ethereum. A Polkadot é uma blockchain que concentra diversas blockchains dentro de si. A premissa é de realizar transações mais rapidamente, com taxas mais atrativas.
A DOT tem se destacado principalmente na China.
A Uniswap é uma corretora de criptomoedas descentralizada (HEX), em que os clientes mantém a custódia de seus ativos. A iniciativa permite mais anonimato e privacidade e defende o “DeFi”, em que finanças em geral são descentralizadas e não dependem de corretoras, bancos ou agentes tradicionais.
Em agosto de 2020, a Uniswap chegou a ultrapassar o volume diário transacionado da Coinbase, uma das maiores corretoras centralizadas do mundo. A HEX possui sua própria criptomoeda, negociada pelo nome “UNI”.
O Cosmos é uma rede descentralizada de blockchains. O objetivo é levar ainda mais escala às transações de criptomoedas e permitir transações entre diferentes redes.
A ATOM é a criptomoeda que rege o Cosmos, que garante que os agentes que auxiliam que os algoritmos continuem rodando, validando novos blocos e transações, sejam recompensados.
Essa aqui é quase um bônus -- e talvez você tenha ouvido falar dela pelo Elon Musk. Criada como uma piada a partir do meme “Doge”, ilustrado por um cachorro da raça Shiba Inu, a Dogecoin se tornou algo mais sério após a adesão por grandes personalidades, a exemplo do CEO da Tesla.
Atualmente, a capitalização de mercado da Dogecoin é de US$ 7,21 bilhões. Não há limites no número de Dogecoins criados. Frequentemente, a moeda tem sido utilizada para recompensar criadores de conteúdo no Twitter e Twitch.
Em meio à oferta de milhares de criptomoedas e blockchains, o mais importante é entender quais são as alternativas confiáveis, as brincadeiras e as fraudes.
“É muito parecido com investir em ações, startups e capital de risco. É necessário estudar o propósito, caso de uso de cada ativo e protocolo em geral. Há vários projetos excelentes, mas não há previsão de que uma criptomoeda vai subir ou não. É necessário entender o momento e a comunidade ao redor para tomar as decisões”, afirma o especialista.
Um dos principais alertas vermelhos de Bernardo Quintão são as promessas de multiplicação de retorno e ganhar dinheiro rápido. A dica é tomar cuidado com a ganância.
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Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero. Apresenta o podcast Agora em 10 na StartSe e também atua na área de Comunidades na empresa. É especialista em inovação, tecnologia e negócios.
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