Entenda como a Amaro criou uma estratégia multicanal e de marketplace vertical para continuar crescendo em meio à pandemia
, jornalista da StartSe
7 min
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12 abr 2021
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Por Tainá Freitas
Fundada em 2012, a Amaro nasceu como uma marca nativa digital (chamada DNVB). A companhia passou a vender seus produtos através de e-commerce e, anos depois, abriu os guide shops, suas lojas físicas. A empresa também foi criada para vender artigos de moda e hoje possui mais três categorias: bem-estar, casa e beleza.
A versatilidade é o ponto comum em duas das decisões mais importantes já tomadas pela companhia. Com a abertura das lojas físicas, a marca se tornou omnichannel. Já com a venda de produtos de categorias próximas, que atende ao mesmo público, a Amaro se tornou um marketplace vertical.
O marketplace é um modelo adotado por diversos varejistas para vender produtos de parceiros dentro de seus próprios e-commerces. Na maioria dos casos, eles são horizontais, com o intuito de vender de tudo – é o caso da Americanas, Amazon, Magazine Luiza, entre outras.
A Amaro optou por seguir outro caminho, passando a oferecer produtos próximos à categoria principal e que atendesse apenas ao seu nicho de clientes. “Nós percebemos que quem estava comprando moda também adquiria produtos de lifestyle em outros locais. Um dos feedbacks que recebíamos em pesquisas é que as clientes não queriam ter vários logins em diversas lojas e fazer as compras separadas, com prazos e experiências diferentes”, explica Dominique Olivier, fundador e CEO da Amaro, em entrevista à StartSe.
Para garantir a verticalidade, a empresa seleciona quais são suas marcas parceiras. Atualmente, são 150, mas a expectativa é de ter 300 parceiros até o fim de 2020. “Nós selecionamos as marcas de acordo com o fit cultural, visão de empoderamento feminino, inclusão e diversidade. Muitas das marcas que trabalhamos já eram consumidas por membros da nossa equipe”, afirma Olivier.
O segmento de moda e casa é produzido pela própria Amaro, enquanto as verticais de beleza e bem estar são apenas de produtos parceiros. Entretanto, a experiência para o cliente é a mesma em qualquer categoria: as compras são processadas e enviadas pela Amaro (em alguns modelos de marketplace, os produtos são enviados pelos parceiros).
“Ninguém vai comprar moda online. É difícil por conta do tamanho e para trocar o produto, caso não acerte”, foi o que escutou Dominique Olivier, fundador da companhia, quando criou a Amaro priorizando as vendas digitais.
Alguns anos e uma pandemia depois, o mundo inteiro entendeu a importância de poder comprar qualquer produto online, embora o modelo de negócios da Amaro já funcionasse antes mesmo deste momento crítico.
Para facilitar a experiência de comprar roupas e sapatos online, a companhia conta com políticas de entrega rápida de produtos e de trocas, além de tabelas de medidas e auxílio (inclusive por chat) para encontrar o tamanho correto.
E para quem não abre mão de experimentar uma peça antes de comprar, a Amaro abriu guide shops -- como chama suas lojas físicas. Atualmente, a varejista possui 16 guide shops distribuídos em 7 cidades do país.
Mesmo de forma presencial, a experiência de compra ainda traz o online. Os clientes podem comprar diretamente na loja e receber em casa. A venda também pode acontecer através de computadores, que estão à disposição dos clientes nesses espaços.
As lojas possuem provadores e vendedoras para auxiliar no atendimento ao cliente. “Com o fechamento do comércio em várias cidades devido à pandemia, nós passamos a incentivar a compra através do WhatsApp para quem prefere manter o contato mais pessoal. Os gerentes dos guide shops passaram a atender dessa forma”, afirma o CEO da Amaro.
A presença offline também tem favorecido a venda online. “Nas cidades que temos os guide shops, o faturamento online da Amaro cresce mais do que a média no país”, conta Oliver. A marca acredita que o omnichannel facilita que o cliente descubra e confie na marca.
Já na questão de custos, a abertura de diversos espaços físicos para uma marca nativa digital possibilita a criação de pequenos centros de distribuição dos produtos, facilitando a logística das entregas.
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Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero. Apresenta o podcast Agora em 10 na StartSe e também atua na área de Comunidades na empresa. É especialista em inovação, tecnologia e negócios.
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