A gigante da tecnologia apresentou uma série de produtos inteligentes — de robô doméstico a drone vigilante — para residências. Por quê? Está de olho em um mercado bilionário: o de smart home.
Astro, robô da Amazon (Foto: divulgação blog Amazon)
, jornalista
9 min
•
29 set 2021
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Por Sabrina Bezerra.
Não faz muito tempo, pensar em casa inteligente era coisa de filme de ficção científica. Não é mais. Assistentes virtuais, luzes que acendem sozinhas e portas que se trancam sem chaves já são realidade e movimentam bilhões de dólares. Não é à toa que as big techs, as construtechs e as proptechs miram esse mercado (saiba mais abaixo, no tópico ‘por que importa’).
Mas a novidade da vez é o robô doméstico. E não estou falando dos que são aspiradores de pó que, com certeza, você deve conhecê-los. Mas sim de um robozinho com IoT (internet das coisas) e funções para lá de inovadoras.
O pioneiro da jornada é o Astro, lançado recentemente pela Amazon. O dispositivo é capaz de interagir com o seu dono via sistema da Alexa, cuidar de crianças e idosos, carregar objetos, vigiar a casa enquanto as pessoas estão fora e, por meio de sua tela, fazer chamadas de vídeos e assistir filmes e séries.
O apetite da Amazon pelo mercado de smart home está tão grande que a empresa também investiu pesado no lançamento de outros produtos para casa: como o assistente virtual Echo Show 15, com tela maior e que pode ser colocado na parede como um quadro; e o Always Home, um drone com câmera de segurança que faz patrulha da residência.
Faz sentido. A empresa está de olho nos consumidores que estão cada vez mais automatizando os lares. Veja: o mercado de casas inteligentes está em explosão. No ano passado, foi avaliado em US$ 79,13 bilhões e a tendência é continuar no ritmo de crescimento, segundo dados do Mordor Intelligence.
No Brasil, “o setor de equipamentos para automação doméstica deve ultrapassar US$ 291 milhões em 2021”, de acordo com Reinaldo Sakis, gerente de pesquisa e consultoria em Consumer Devices da IDC Brasil. Trata-se de um aumento de 21% quando comparado com o ano passado.
Charlie Tritschler, vice-presidente de produtos da Amazon, contou que a ideia de criar o Astro surgiu em uma reunião. À época, um dos funcionários perguntou: “vocês acham que entre 5 e 10 anos, as pessoas vão precisar de um robô em suas casas?”
“Era uma questão difícil de prever, mas levou a uma discussão importante. (...) Chegamos a conclusão que cada casa teria ao menos um robô ajudando nas tarefas diárias no futuro. Encerramos a reunião com a mensagem clara: vamos criar um”, escreveu Tritschler.
“Aliás, uma das coisas que adoro na Amazon é a possibilidade de inventar o futuro”, completou.
E você, como está inovando? Para ter insights e ficar por dentro de todas as tendências — de empreendedorismo, inovação, futuro do trabalho e tecnologia — faça a sua inscrição no SVWC, evento online e gratuito da StartSe.
Alexa, Google Assistente, Siri… Não é de hoje que as big techs estão apostando em dispositivos inteligentes — e tem dado certo. As pessoas estão usando. A novidade da vez, contudo, são lares transformados em tecnologia, com soluções baseadas em IoT. Alguns exemplos: iluminação inteligente, cortinas automáticas, eletrodomésticos controlados pelo celular, luzes que acendem sozinhas e portas que se trancam sem chaves.
Essa tendência tem chamado a atenção também das construtechs e proptechs. As construtoras MRV, HUPI e Tecverde estão investindo na construção de imóveis inteligentes. Os clientes já receberão o imóvel automatizado. Para isso, fecharam parceria com a startup Positivo Tecnologia.
A proptech mexicana Casai — chegou no Brasil com aporte de R$ 100 milhões — e oferece hospedagem apenas em residências que têm tecnologia integrada.
Já a Loft disse que a automação residencial é "a casa do futuro — e já existe”. Em tempo: quer saber mais sobre o mercado de construtech e proptech? Florian Hagenbuch, fundador e Co-CEO da Loft, vai participar do SVWC, evento online e gratuito, no dia 28 de outubro. Assista!
A título de comparação, no ano passado, o setor de construtechs e proptechs cresceu 23% quando comparado com 2019, de acordo com o Mapa das Construtechs & Proptechs Brasil 2021, realizado pela Terracotta Ventures, gestora de investimentos em empresas de tecnologia. O que mostra que o setor está aquecido e, se você faz parte dele, vale ficar de olho nas tendências para não ficar para trás.
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Sabrina Bezerra, head de conteúdo na StartSe, possui mais de 13 anos de experiência em comunicação, com passagem por veículos como Pequenas Empresas & Grandes Negócios e Época Negócios, ambos da Editora Globo.
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