Entenda como irá funcionar o cartão de crédito da Amazon e o impacto na fintechização do varejo
, jornalista da StartSe
6 min
•
28 jul 2023
•
Atualizado: 16 ago 2023
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Varejo e fintech: está cada vez mais difícil separar um do outro. A Amazon é a mais nova varejista a oferecer uma solução financeira – e é um cartão de crédito com cashback em todas as compras.
A companhia ainda não anunciou oficialmente a novidade, mas já confirmou e há uma página no site que traz mais detalhes.
O maior diferencial do cartão de crédito da Amazon será o cashback em compras. No próprio site da Amazon, o retorno é de 3% do valor da compra em pontos. Os pontos depois podem ser usados para novas aquisições dentro do próprio e-commerce.
Já em outros estabelecimentos, o cashback pode variar de 2% (restaurantes, farmácias, entretenimento, viagens, etc) e 1% (postos de gasolina, entre outros).
Há uma versão do cartão de crédito comum e a versão com Amazon Prime, feita justamente para quem possui o serviço de assinatura da varejista. De acordo com o Tecnoblog, um diferencial é que as compras na própria Amazon passam a ter 5% de cashback.
Não – ou pelo menos ainda não! O cartão de crédito está sendo feito em parceria com a Amazon, mas é administrado pelo Bradesco e possui bandeira Mastercard.
Mas este pode ser apenas o primeiro passo para a empresa fundada por Jeff Bezos. Isso porque este tem sido um caminho cada vez mais interessante para as grandes varejistas (principalmente aquelas que já possuem uma grande base de clientes).
O Mercado Livre possui sua própria fintech: o Mercado Pago. Mas embora o negócio principal seja o e-commerce, os serviços financeiros já estão trazendo quase tanta receita quanto o varejo.
No primeiro trimestre de 2023, a companhia alcançou US$ 1,68 bilhão em receita, tendo uma alta de 31,2% em comparação ao mesmo período do ano passado. Já no Mercado Pago a receita cresceu ainda mais, 40,1%, para quase US$ 1,36 bilhão. Os valores estão cada vez mais próximos…
A Fintech Magalu é o braço financeiro e B2B do Magalu. A fintech oferece crédito, consórcio, maquininhas, antecipação de recebíveis e muito mais. Atualmente, ela é comandada por um CEO que veio de um banco: Carlos Mauad, que veio do Banco Carrefour.
No primeiro trimestre deste ano, a vertical cresceu 13%. O faturamento em cartão de crédito atingiu R$ 14 bilhões e o volume de pagamentos com o uso da conta digital MagaluPay cresceu 30% . A varejista encerrou o T1 com mais de 7 milhões de cartões de crédito emitidos e R$ 20 bilhões em carteira de crédito.
Porque investir em soluções financeiras pode ajudar as varejistas a se rentabilizar ainda mais com as compras. Além disso, os serviços podem ser oferecidos para a base de clientes já construída e que conhece e consome a marca.
Fábio Murakami, diretor de Produto do Fintech Magalu, foi um dos palestrantes presentes no evento Fintech Revolution Experience realizado pela StartSe neste ano. Segundo ele, não há mais como separar varejo e fintech.
“O lado financeiro está envolvido em todas as etapas do varejo, mas isso é cada vez menos perceptível para o cliente final. Então ele tem o hábito de compra no varejo, automaticamente já tem uma expectativa de contar com opções de pagamentos, de contar com um método preferencial e um retorno sobre aquela compra, aquela fidelidade. Isso só pode acontecer se a operação do varejo estiver junto com a operação de soluções financeiras”, disse Murakami em entrevista à StartSe.
Continue acompanhando todas as inovações no setor de pagamentos no Payment Revolution, evento da StartSe que acontece na próxima terça-feira, 1 de agosto. Confira aqui!
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, jornalista da StartSe
Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero. Apresenta o podcast Agora em 10 na StartSe e também atua na área de Comunidades na empresa. É especialista em inovação, tecnologia e negócios.
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