Segundo uma pesquisa interna, empresa pode ficar sem trabalhadores para contratar nos Estados Unidos — o que impactaria os planos de expansão. Entenda!
(Foto: Maja Hitij / Equipe via Getty Images)
, jornalista
6 min
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21 jun 2022
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Nos últimos dias, uma pesquisa interna da Amazon vazou e tomou conta do noticiário: até 2024, a empresa pode ficar sem trabalhadores para contratar nos Estados Unidos — o que colocaria os planos de expansão da big tech em xeque.
Isso porque, com o grande volume de vendas, investimento em armazéns e prazo rápido de entrega, a Amazon precisaria cada vez atrair e reter profissionais.
“Se continuarmos os negócios no ritmo atual, a empresa esgotará a oferta de trabalho disponível na rede dos Estados Unidos em 2024”, diz o relatório.
O que, obviamente, impactaria os planos de crescimento da varejista, já que não teria profissionais suficientes para dar conta de fazer as entregas rápidas. O que seria um problema, já que hoje, sai na frente a varejista que entrega melhor e mais rápido.
O relatório interno também mostrou que a crise trabalhista da empresa é mais alta em algumas regiões. Por exemplo, na área metropolitana de Inland Empire, na Califórnia, a força de trabalho deve esgotar até o final de 2022.
O cálculo foi feito com base em trabalhadores disponíveis para cada armazém — analisando nível salarial, distância entre casa e trabalho, entre outros.
A taxa de turnover (profissionais que saem da empresa no período de um ano) é alta. Para você ter uma noção, nos armazéns da Amazon chega a alcançar 150%, segundo o The New York Times.
Em outras palavras, por exemplo, quando a taxa é de 100%, se 300 funcionários saem do trabalho, a empresa precisa contratar outros 300 para continuar com a mesma base de funcionários. 150% então…
Mas o turnover não está limitado à Amazon. Tem se tornado um dos problemas na atração e no engajamento de profissionais em outras companhias também.
Veja: uma pesquisa feita pela Gartner mostrou que 57% das empresas notam sinais de turnover. O que vai ao encontro da onda de demissões voluntárias que começou nos Estados Unidos e está chegando no Brasil.
O relatório vazado mostrou que a Amazon apontou os problemas, mas trouxe algumas alternativas para mudar o cenário, como: aumentar o salário e investir mais em automação.
Por outro lado, o documento não apontou as condições de trabalho que têm sido criticadas pelo mercado.
Especialistas, por sua vez, orientam que para atrair e reter talentos diante de uma crise como essa, o ideal é mapear as possíveis falhas (como: por que a taxa de turnover está aumentando); implementar planos de melhoria; e contratar, por exemplo, profissionais que fizeram pausa na carreira.
É importante observar o movimento do mercado: está cada vez mais difícil atrair e reter talentos, principalmente em tempos de Great Resignation — onda de demissões voluntárias. Por isso, o primeiro passo é identificar se vai faltar profissionais no curto, médio e longo prazo na sua companhia e se esse percentual pode impactar o seu modelo de negócio, os planos de expansão. Depois, crie estratégias com base na análise.
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Sabrina Bezerra, head de conteúdo na StartSe, possui mais de 13 anos de experiência em comunicação, com passagem por veículos como Pequenas Empresas & Grandes Negócios e Época Negócios, ambos da Editora Globo.
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