LGPD estabelece que uso de informações dos clientes pelas empresas precisa de transparência, regra que a empresa infringiu
Homens conversando com celular na mão (foto: Luis Villasmil/Unsplash)
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6 min
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10 jul 2023
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Atualizado: 10 jul 2023
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Em 2020, foi aprovada a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que visa proteger as informações pessoais das pessoas. Agora, três anos depois, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) aplicou sua primeira multa — e a empresa Telekall Infoservice, que trabalha com telefonia, foi a punida da vez.
Durante a investigação, a empresa Telekall Infoservice foi investigada por duas questões:
A empresa supostamente ofereceu uma lista de contatos de WhatsApp de eleitores para que fossem utilizados na divulgação de material de campanha eleitoral em 2020.
A Telekall Infoservice não possuía um profissional designado para responder por qualquer atividade relacionada ao uso, processamento e armazenamento de informações pessoais.
"Embora seja uma microempresa, a Telekall não comprovou que não fazia tratamento de alto risco, condição necessária para excepcionalizar a exigência de designação do encarregado [pelos dados]", afirmou a Coordenação-Geral de Fiscalização da ANPD, em comunicado, sobre a segunda infração.
A Lei nº 13.709, mais conhecida como LGPD, que significa Lei Geral de Proteção de Dados, é uma lei brasileira criada para garantir a qualquer pessoa física o direito de acessar, mudar e proteger seus dados pessoais sensíveis. Inspirada em um modelo europeu, ela estabelece regras acerca de como essas informações devem ser tratadas e armazenadas por empresas. Confira:
A ANPD está buscando garantir que a lei seja cumprida e está passando por processos para oficializar suas práticas. Em maio, o órgão pressionou as farmácias devido à falta de transparência no uso dos dados dos clientes, especialmente informações de saúde que podem ser valiosas para planos e serviços de saúde em geral.
Além disso, o desconto muitas vezes é revelado apenas após a digitação dos dados, sem deixar claro que o desconto está condicionado ao fornecimento do CPF — o que pode limitar a liberdade do consumidor em decidir se deseja ou não compartilhar suas informações, de acordo com o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor.
Os consumidores finais estão cada vez mais conscientes do valor de seus dados e estão dispostos a compartilhá-los com as empresas, mas desde que percebam benefícios claros em troca: eles querem ver valor sendo entregue, como ofertas personalizadas, recomendações relevantes e experiências sob medida. Para isso, as empresas precisam encontrar o equilíbrio certo.
Uma abordagem orientada por dados, quando bem executada, pode levar a relacionamentos mais sólidos e duradouros entre as empresas e seus clientes.
Dados e LGPD podem ser um diferencial competitivo poderoso para empresas que sabem usá-lo para orientar melhor tomadas de decisão das empresas e melhor atendimento a clientes. Mas se usados de forma errada (mesmo sem saber) podem botar empresas ou indústrias inteiras em situações delicadas (como no caso das varejistas farmacêuticas). Saiba tomar decisões baseadas em dados e proteger sua companhia neste link aqui. Veja mais
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Jornalista. Possui experiência no mercado financeiro, social media e customer experience. Passou pela XP Inc.
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