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ESG 2.0: "um caminho para gerar mais riqueza com menos risco"

Ao apontar falhas, movimentos contra o ESG mostram possibilidades para a reinvenção do mercado.

ESG 2.0: "um caminho para gerar mais riqueza com menos risco"

Foto: baranozdemir/Getty Images

, Jornalista

8 min

10 out 2022

Atualizado: 19 mai 2023

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O campo denominado ESG domina a pauta das empresas. Seja por cobranças dos mercados, mudanças geracionais (alô, geração z) ou exigência dos investidores, a verdade é que a sigla em questão é um vetor robusto na aceleração econômica.

Isso é o que mostra o relatório “Youth Recovery Plan”, do Fórum Econômico Mundial. A análise parte da premissa de que uma nova geração de empreendedores e executivos estão chegando para implementar a nova fase do ESG. 

Mas existe muito ainda por ser feito. Mesmo recompensador, as empresas estão no início da jornada. Para Rodrigo Tavares, professor Catedrático Convidado na NOVA SBE, em Portugal, “é um caminho para gerar mais riqueza com menos risco. Mas integrar estas práticas, de forma sistemática e holística, é complexo.”

Anti-ESG: onda deve ser propulsora em avanços

Elon Musk (Foto: Mark Brake / Correspondente via Getty Images)

Os Estados Unidos estão vendo a onda anti-ESG agindo em ofensiva às empresas, orientando que decisões de investimento baseadas em critérios ambientais, sociais ou de governança não fazem sentido, estabelecendo que só o retorno financeiro deve importar.

Rodrigo explica que, neste caso, o “ESG está sendo usado ideologicamente como munição política entre candidatos. Mas as críticas só são possíveis porque a indústria global ESG continua mostrando alguma fragilidade.”


Ele, fundador do Granito Group, um grupo financeiro sediado no Reino Unido, dedicado ao avanço da economia sustentável, analisa que faltam padrões e normas à terminologia. Por isso, “é tempo de aproveitarmos estas críticas globais a ESG para refletirmos e fortalecermos a infraestrutura de apoio ao crescimento do mercado ESG.

No fim, o movimento só deve fortalecer as pautas do ESG. “Eu creio, no fundo, que esta rejeição será o ponto de partida para uma nova fase de evolução do mercado ESG, uma espécie de ESG 2.0 — com mais lucidez, consistência e simplicidade”, afirma ele. 

O que seria a próxima geração do ESG?

Prédio com vidros refletindo árvores (Foto: GettyImages).

A primeira mudança, portanto, é de mindset. O que pode ser mais fácil para empresas que vão surgir guiadas por esses princípios, mas também é a oportunidade de para organizações que querem se manter infinitas. Com isso em vista, em pouco tempo, o ESG vai ser menos sobre fazer o bem e mais sobre fazer bem, de acordo com Rodrigo.

Afinal, “existe uma lógica comercial e financeira por detrás da sustentabilidade corporativa”, conta Rodrigo. Seguindo esta lógica, as empresas mais sustentáveis garantem menor custo de capital, funcionários mais engajados, produtivos e adaptáveis.

E é aí que Rodrigo enxerga o grande gap do ESG hoje, principalmente quando se trata de Brasil: “acima de tudo, as empresas precisam investir mais na qualificação dos seus funcionários nesta área. Faltam especialistas em sustentabilidade corporativa e em finanças sustentáveis no Brasil.

Por que importa?

O ESG, apesar de novo e em desenvolvimento, já escalou iniciativas, práticas e culturas de empresas que buscam relevância. Um levantamento do WEF apontou que 86% dos entrevistados “concordam” ou “concordam totalmente” que as organizações devem ser responsabilizadas por seus padrões ESG. Essas empresas terão menos probabilidade também de arcar com custos externos relacionados a mudanças climáticas e crescente desigualdade, com tendência a receber mais investimentos. 

A exploração deve seguir, marcada por mercados melhor preparados, profissionais capacitados e guias mais claras dos caminhos que podem ser percorridos pelas empresas. O report citado anteriormente orienta quatro ações:

  • Desenvolver políticas e lideranças adequadas para o propósito;
  • Encorajar um novo mindset;
  • Garantir que a ética esteja no design de cada organização;
  • Ter uma visão global para o negócio, com soluções localizadas

Prepare-se para os desafios do ESG 2.0

Essa discussão está quente e promete impactar cada vez mais as empresas e investidores a partir de 2023. Para se preparar para isso com antecedência, a StartSe irá lançar nos próximos dias um treinamento internacional focado exclusivamente em ESG para capacitar empresas brasileiras para essas mudanças. Veja aqui como entrar na lista VIP desse treinamento.

 

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Imagem de perfil do redator

Jornalista focada em empreendedorismo, inovação e tecnologia. É formada em Jornalismo pela PUC-PR e pós-graduada em Antropologia Cultural pela mesma instituição. Tem passagem pela redação da Gazeta do Povo e atuou em projetos de inovação e educação com clientes como Itaú, Totvs e Sebrae.

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