Tudo parecia ir bem para a Dock... O que aconteceu?
Dock capta US$ 110 mi e agora vale US$ 1,5 bi (foto: divulgação)
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5 min
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9 nov 2022
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Atualizado: 19 mai 2023
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Tudo parecia ir bem para a Dock. Em maio, a startup de serviços financeiros para fintechs e outras empresas levantou US$ 110 milhões em uma rodada liderada por Lightrock e Silver Lake. A transação fez com que a companhia alcançasse o status de unicórnio, avaliada em US$ 1,5 bilhão.
Mas nem por isso ela passou imune pelas ondas de demissões que têm impactado o ecossistema. Ao Startups, a Dock confirmou que cortou cerca de 12% do time – sendo 160 pessoas no Brasil e 30 no México. As demissões atingiram diversas áreas da companhia, especialmente marketing, recursos humanos e operações legais. Uma lista provisória já começou a rodar na web.
“Os cortes estão relacionados ao alcance de algumas metas que a empresa não conseguiu bater ao longo do ano, além da perda de 2 grandes clientes”, disse uma fonte com familiaridade no assunto ouvida pelo Startups. Mas, segundo a Dock, a razão dos cortes é outra. A empresa afirma que os desligamentos não foram feitos na tentativa de reduzir os custos frente à crise no mercado, e sim para diminuir as redundâncias na equipe.
“Nos últimos 15 meses, a Dock unificou 5 operações e duplicou de tamanho”, disse a fintech, em nota. Ela se refere à fusão entre as 3 marcas Dock, Muxi e Conductor, além da aquisição da BPP, instituição de pagamento regulada pelo Banco Central especializada em Banking as a Service, e da mexicana Cacao.
“Como parte das integrações recentemente concluídas, [a empresa] realizou uma análise aprofundada de seu negócio, a fim de revisar prioridades e garantir o posicionamento adequado no dinâmico mercado em que atua. Após uma revisão completa, decidiu reorganizar áreas e equipes, primordialmente de suporte e fora do core business, o que resultou na decisão de reduzir o quadro de colaboradores, diminuindo sobreposições a fim de gerar eficiência”, acrescentou.
A fintech, veterana nacional no segmento de Banking as a Service, ressaltou que os funcionários desligados receberam extensão de 3 meses do plano de saúde, incluindo dependentes, além do acesso à ferramenta de acompanhamento psicológico e da disponibilização do valor equivalente ao benefício alimentação para usos diversos. Segundo ex-colaboradores, alguns funcionários foram desligados de forma remota com a interrupção de acesso aos sistemas e ao e-mail.
As movimentações acontecem pouco depois da empresa fazer uma mudança interna de gestão. Clecia Simões, ex-WeWork, assumiu como diretora de recursos humanos, e Rodrigo Shimizu, ex-Telefônica Brasil, entrou na posição de vice-presidente de marketing para a América Latina.
(Por Gabriela Del Carmen, publicado originalmente em Startups.com.br)
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