Após valer US$ 12B, indiana Oyo toma downround de 70%
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17 jun 2024
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Atualizado: 17 jun 2024
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A proptech indiana Oyo estava desde 2021 preparada para fazer seu IPO, a um valuation de US$ 12 bilhões. Em 2019, após reunir investidores como SoftBank e outros grandes, ela valia US$ 10 bilhões. Entretanto, em 2024 o cenário é outro para a Oyo, e para uma nova rodada a companhia baixou seu valor de mercado para meros US$ 2,5 bilhões.
Segundo reporta o TechCrunch, a companhia aceitou o corte pesado em seu valor de mercado para fechar uma captação de US$ 100 milhões a US$ 125 milhões. Segundo fontes, a companhia passou o último ano tendo grandes dificuldades em se recapitalizar, e partiu para uma ofensiva ainda maior nos últimos meses, disposta a reduzir mais seu valuation.
“Sentimos genuinamente que esse ativo faz muito sentido hoje. Sendo rentável e com desconto de 70% em relação à avaliação anterior. Listagem esperada em 18 a 24 meses”, disse um representante da InCred, uma empresa financeira que trabalha com a Oyo, em um pitch para um possível investidor.
A nova captação vem no rastro do engavetamento de um plano de IPO que a companhia fez no mês passado. A startup, que conta com SoftBank, Peak XV Ventures, Lightspeed e Microsoft entre seus investidores, e já captou mais US$ 3 bilhões com investidores privados, retirou seu pedido de IPO na bolsa indiana duas vezes nos últimos quatro anos.
Um dos maiores expoentes do ecossistema de startups indianas nos últimos anos, a Oyo se destacou com uma espécie de sistema operacional para ajudar os hoteleiros a aceitar reservas e pagamentos digitais, o que inclusive chamou a atenção do Airbnb, que também investiu no negócio.
A startup já esteve operacional em dezenas de mercados, incluindo os EUA e a Europa, mas desde então restringiu a sua atuação internacional.
No Brasil, a Oyo tentou uma operação em 2019, chegando de forma agressiva, com mais de 1,5 mil funcionários. Entretanto, menos de dois anos depois a companhia desistiu seus planos, alegando os efeitos da pandemia como razões para a decisão. Desde então, a companhia continuou com um site para atender clientes brasileiros e latino-americanos, mas gerido pela empresa de sua sede na Índia.
Apesar das reduções em escopo, ela anotou um lucro líquido de US$ 12 milhões no ano fiscal encerrado em março, de acordo com o fundador e executivo-chefe Ritesh Agarwal.
O caso da Oyo remete a outra startup indiana que também andou enfrentando uma redução violenta no seu valuation. Entretanto, no caso da Byju's, a situação foi ainda mais grave. A edtech indiana, que já viveu momentos de glória como a maior edtech do mundo, avaliada em US$ 22 bilhões, e em fevereiro perdeu 99% de seu valuation, recebeu em junho o valuation de zero.
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