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No fim do primeiro tempo, Apple 1 x 0 Epic Games

Gigante da tecnologia é acusada de práticas anticompetitivas, mas o veredicto parece estar bem longe disso...

No fim do primeiro tempo, Apple 1 x 0 Epic Games

Logo da Apple em loja (foto: Bangyu Wang/Unsplash)

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Por Rodrigo Fernandes

Chegando à metade das três semanas de julgamento do caso Apple vs Epic, muita água ainda pode passar debaixo da ponte, mas no momento a balança parece estar pendendo um pouco mais para o lado da Apple.

Embora seja bem possível que no final das contas a Apple tenha que ceder em alguma coisa, o juiz está tendo dificuldade em caracterizar os 30% da Apple como uma prática anticompetitiva.

Os principais motivos para essa situação desfavorável podem ser encontrados nas características da própria Epic.

Afinal, a empresa registrou lucros na casa dos bilhões nos últimos anos e conta com mais de 100 milhões usuários.

Jogo Fortnite, da Epic Games (foto: divulgação)

Por mais que seus argumentos possam fazer sentido, o sucesso da empresa depõe contra o próprio seu argumento de estar sendo alvo de práticas anticompetitivas por parte da Apple.

Outro fato que enfraquece o argumento da Epic é que o Fortnite está disponível em uma grande variedade de dispositivos – de tal modo que o poder da Apple não parece ser tão grande assim.

No entanto, se na caracterização de monopólio, a Apple está conseguindo se sair bem, nas regras sobre aprovação de aplicativos, a arbitrariedade nas decisões tem chamado a atenção.

Um caso bem explícito é o Roblox, que foi aprovado pela Apple para ter a sua própria App Store, enquanto o Fortnite não pode obter a mesma aprovação.

O "argumento" da Apple para isso é que o Fortnite seria um jogo enquanto o Roblox seria um "conjunto de experiências" que os usuários podem criar (?!).

Na verdade, o WeChat também tem sua (gigantesca) App Store. Mas aí a conversa é outra. Neste caso, o aplicativo é chinês e a gente bem sabe que pau que bate em Chico não bate em Chi Chi Pong.

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