Saiba por que a empresa está apostando na aquisição de novas marcas.
Divulgação Facebook BAW
, jornalista
5 min
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11 jun 2021
•
Atualizado: 19 mai 2023
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A Arezzo&Co comprou a BAW, marca de moda nativa digital — que se tornou sucesso entre a Geração Z — por R$ 105 milhões. O negócio foi feito por meio de sua controladora ZZAB. O objetivo é ampliar a oferta de produtos. “E fortalecer a presença da Arezzo&Co no setor de moda streetwear — estilo de roupa casual”, diz Aline Peli, diretora executiva de relação com investidores, estratégia e M&A, em comunicado ao mercado.
“A expectativa é que o faturamento da BAW, que tem dobrado a cada ano, seja de pelo menos R$ 80 milhões em 2021”, afirma Aline. Os fundadores da empresa — os irmãos Bruno e Lucas Karra — continuarão na operação até, no mínimo, 11 de junho de 2025. “Como forma de alinhamento de interesses, como aconteceu após a aquisição da Reserva, em 2020, os fundadores da BAW se tornarão acionistas da Companhia”, diz Aline. Além disso, caso a BAW alcance as metas em 2021, os atuais sócios da BAW receberão uma parcela adicional de até R$ 10 milhões.
O negócio precisa da aprovação do CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
Rony Meisler, CEO da AR&Co, diz em nota que o que mais chamou atenção no negócio foi os fundadores e a cultura que criaram. “Certamente nos ajudará a cumprir a missão de criar a maior e melhor plataforma de moda brasileira aqui na AR&Co."
Bruno Karra, fundador e CEO da BAW Clothing, afirma que está entusiasmado com a parceria. “Nesse incrível ecossistema de marcas, vamos ter chance de trocar muitas experiências e aprendizados, e o maior beneficiado certamente serão os consumidores, não só da BAW, mas de todo o grupo."
A história da marca brasileira BAW começou em 2014, quando os irmãos Bruno e Lucas Karra decidiram fundar a empresa — nativa digital — com a proposta de oferecer moda com atitude. “Não seguimos tendências, muito menos cartelas de cores. Nós somos branco e preto, porém não apenas o preto no branco, nós somos a expressão através de uma estampa, somos autênticos e irreverentes, somos atitude por trás de uma camiseta”, diz parte da apresentação da empresa. Não à toa que se tornou um fenômeno na internet entre a Geração Z.
A empresa é responsável pela modelagem, confecção, industrialização e comércio de acessórios, bolsas, calçados, roupas e vestuário. Os itens são focados em streetwear. Trata-se de um estilo de roupa casual e urbana. Os lançamentos são quinzenais e feitos de forma online, além de contar com a divulgação de grandes influenciadores digitais do país através de suas redes sociais. O sucesso foi tanto que chamou atenção até de varejistas tradicionais, como a C&A. As empresas se uniram para criar uma coleção de roupas juntas.
A Arezzo está de olho no comportamento da Geração Z — nascidos entre 1995 e 2010 — no comércio. Diferente das anteriores, os nativos digitais priorizam comprar de marcas que tenham autenticidade, propósitos como inclusão, diversidade e sustentabilidade. “Os jovens da Geração Z valorizam a expressão individual e rejeitam rótulos. Mobilizam-se em comunidades por diferentes causas nas quais acreditam”, diz um levantamento realizado pela McKinsey. A empresa de consultoria completa dizendo que as empresas devem estar atentas a três consequências principais da Geração Z. "O consumo visto como acesso (e não como posse); o consumo como uma expressão da identidade individual; e o consumo baseado na ética."
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Sabrina Bezerra, head de conteúdo na StartSe, possui mais de 13 anos de experiência em comunicação, com passagem por veículos como Pequenas Empresas & Grandes Negócios e Época Negócios, ambos da Editora Globo.
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