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"Autenticidade é a chave para lideranças mais influentes"

Ser autêntico tem impacto positivo na gestão de pessoas, mas também é um comportamento potente na criação de influência, um ingrediente que faz diferença nos negócios. Neste artigo, Giuliana Tranquilini, colunista da StartSe, aborda esse tema e mosta qual é o caminho seguro para chegar à verdadeira autenticidade.

"Autenticidade é a chave para lideranças mais influentes"

Giuliana Tranquilini

, Professora e colunista da StartSe

9 min

1 ago 2024

Atualizado: 1 ago 2024

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Quem é mais autêntico: Taylor Swift ou Oprah Winfrey? Tom Hanks ou Tom Cruise?

Esses foram alguns nomes inseridos no último relatório da Breakthrough Research sobre marcas autênticas. O estudo usa como método a percepção das pessoas quanto aos valores de cada personalidade e as suas ações. Oprah Winfrey e Tom Hanks foram os vencedores dessa análise.

A autenticidade tem sido tema bastante falado nos últimos tempos, “autêntico” foi até mesmo escolhida como palavra do ano pelo Merriam-Webster para 2023, que explicou o termo como algo que estamos pensando, escrevendo, aspirando e julgando mais do que nunca.

Acredito que estamos mesmo, especialmente neste momento que falamos tanto sobre os impactos da IA, o que é real e o que não é. Eu sempre defendo que quanto mais tecnologias, mais humanos devemos ser, e isso inclui sermos autênticos.

No mundo corporativo, a autenticidade também surge cada vez mais como algo importante para as lideranças. Sylvia Ann Hewlett, divulgou recentemente, em seu artigo “As novas regras da presença executiva” publicado na Harvard Business Review, que a autenticidade foi apontada como característica valorizada.

Ela conta que foi a primeira vez em 10 anos que seus entrevistados citaram essa qualidade. Esse é um exemplo de como a autenticidade tem migrado com força para o campo empresarial como definição de um estilo de liderança desejado.

Por que ser um líder autêntico é tão importante?

Há motivos para que a autenticidade do líder esteja sendo colocada como algo muito bom de se ter. Diferentes pesquisas recentes analisam o assunto e concluem que uma liderança autêntica tem influência positiva nos liderados.

Aumento do engajamento, melhora na capacidade de inovação, redução dos estresses e outros benefícios são apontados. Todas as vantagens não estão somente ligadas às mudanças geradas no comportamento das pessoas do time, a autenticidade também é vista como benéfica para as próprias lideranças, com efeitos positivos na saúde mental.

Concordo que a autenticidade pode ter esse poder na saúde psicológica, já que ser autêntico nos insere num lugar de maior liberdade. Saímos daqueles padrões preconcebidos para entrar no nosso conjunto de valores que nos é mais natural.

Afinal, o que é autenticidade?

Nos diferentes estudos que li, encontrei diversas definições sobre o que é ser uma liderança autêntica, e elas falam de variados tipos de comportamentos e posicionamentos dentro do ambiente organizacional. Veja esta:

“Liderança autêntica é o padrão de comportamento de um líder que é confiável, objetivo, com pensamento positivo, esperançoso, bem ciente da missão da organização que lidera, capaz e pronto para superar problemas organizacionais, um líder que parece confiante, otimista, tenaz, resiliente, transparente, moral, eticamente altamente dedicado e orientado para o futuro.” (O papel da liderança autêntica na formação de culturas organizacionais inovadoras, ResearchGate)

Mas será que realmente há uma receita para ser autêntico? Acredito que não, já que a autenticidade está associada a um conjunto de valores que podem variar bastante de pessoa para pessoa. 

Os valores, o que pensamos sobre determinado assunto, o que consideramos como ideal de vida, entre outros aspectos que formam a nossa identidade nos dão os insights para caminhar com mais segurança nesta jornada de ser uma liderança autêntica.

Este é o norte para ser um líder autêntico

Daniel Goleman, autor do best-seller “inteligência emocional”, fala que o norte para ser uma liderança autêntica é realizar um trabalho interno para encontrar o nosso verdadeiro “eu”. 

Ele defende que o processo de autoconhecimento nos permite ganhar autoconsciência, que nos possibilita sair da caverna e identificar os pontos fracos e fortes por meio de reflexão sobre eles.

Goleman também traz à tona a técnica que aplico no Método FLY®, o feedback. Ele diz que colher feedback honesto, aquele feito com pessoas que realmente são próximas, mais íntimas, é uma maneira eficiente de nos enxergarmos melhor. 

Para mim, esse processo também é uma estratégia eficiente para podermos descobrir os potenciais que muitas vezes podem ficar escondidos, seja pelo fato de não os percebemos, seja pelo fato de não valorizarmos certas atitudes e posicionamentos.

Bill George, autor do best-seller “True North: Descubra a sua Liderança Autêntica”, que muitas vezes faz dupla com Goleman sobre o tema, deu uma entrevista à McKinsey, em meados do ano passado, falando da nova edição do livro, direcionado a líderes emergentes.

Para George, as pessoas precisam saber quem são antes de fazerem diferença em suas profissões. Esse norte é composto por crenças e valores mais profundos. Bill é enfático ao dizer o que é ser um líder autêntico: é ser quem você é.

Autenticidade é a chave influenciar pessoas, mas não pule etapas

Uma voz autêntica gera influência. Pense em um líder que considera inspirador, certamente ele tem atributos únicos na sua forma de pensar e agir. A raiz, como falamos até aqui, é o autoconhecimento, compreender a sua identidade.

Essa é a base da jornada do meu método, e não é raro executivos quererem pular essa etapa e irem direto à fase de comunicar melhor para serem mais influentes nas redes sociais e no networking.

Só que a etapa de comunicação somente será bem-sucedida se antes desenharmos a sua identidade, o caminho que leva a entender o que e como comunicar. 

É preciso um mergulho mais profundo em si, antes de seguir para os próximos estágios do desenvolvimento da sua Marca Pessoal, fundamentada na consistência, na autoridade e na autenticidade.

“Quando você dedica um tempo para buscar respostas e definir o que o torna uma pessoa única, não apenas será capaz de construir uma Marca Pessoal forte, mas também aumentará seu nível de autoconsciência. E isso é fundamental para uma vida plena”, diz Daniel Goleman.

Trabalhar a sua marca também significa encontrar o seu propósito, e tudo isso faz a sua vida mais completa.

Leitura recomendada 

Experimente vivenciar a inovação e a tecnologia onde elas nascem. Em 6 dias de Imersão no Vale do Silício, você vai se conectar com renomados acadêmicos, inclusive com Giuliana Tranquilini, autora deste artigo e nossa professor no Vale. Saiba mais aqui. 

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Imagem de perfil do redator

Atuou como executiva em Marketing e Branding, com mais de 25 anos de experiência construindo marcas corporativas como Natura Cosméticos, Havaianas entre outras. É Co-founder da BetaFly especializada Marcas Pessoais, professora de MBA e pós-graduação, palestrante e autora do best-seller "Sua Marca Pessoal" .

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