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Carro voador: Azul quer se tornar acionista da Lilium

A empresa, que já havia anunciado o investimento de US$ 1 bilhão na compra das aeronaves elétricas, agora quer se tornar acionista. Saiba o que está por trás do negócio!

Carro voador: Azul quer se tornar acionista da Lilium

Carro voador no Brasil Azul faz investimento bilionário (Foto: divulgação Lilium)

, jornalista

5 min

3 ago 2021

Atualizado: 19 mai 2023

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Por Sabrina Bezerra

Viagens mais ágeis, baratas e sem emissão de carbono. Essa é a proposta dos ‘carros voadores’ — a grande promessa da mobilidade aérea urbana — que tem avançado no mundo. 

De olho nessa inovação, a Azul anunciou na última sexta-feira (22/10), o acordo para se tornar acionista da Lilium, startup alemã que fabrica ‘carros voadores’. 

“A companhia anuncia a celebração, nesta data, do Warrant Agreement que prevê a entrega de bônus de subscrição representando o direito de compra de 1.800.000 ações ordinárias”, diz a empresa em fato relevante.

Antes, a empresa já havia anunciado o investimento de US$ 1 bilhão na compra das aeronaves elétricas para compor 220 veículos eVTOL (Electric Vertical Takeoff and Landing) em sua frota. O objetivo é transportar passageiros a partir de 2025. 

+ Saiba mais sobre a inovação eVTOL.

O QUE ESTÁ POR TRÁS DO INVESTIMENTO?

A aposta da empresa é aumentar a conectividade no país e acelerar os compromissos com a pauta ESG. "Nossa presença de marca, nossa malha com exclusiva conectividade e nosso robusto programa de fidelidade nos fornecem as ferramentas para criar os mercados e a demanda para a operação com jatos Lilium no Brasil. Assim como fizemos no mercado doméstico brasileiro nos últimos 13 anos, esperamos novamente, agora com os jatos da Lilium, criar um mercado totalmente inovador nos próximos anos”, diz em comunicado ao mercado John Rodgerson, CEO da Azul. 

Se o acordo for concluído, a Azul deve operar com a frota dos veículos de sete lugares (sendo seis passageiros e o piloto) e a Lilium vai fornecer peças de reposição personalizadas, incluindo baterias e uma plataforma de manutenção da aeronave. 

O foco das viagens será em trajetos curtos. O que aponta que a empresa está de olho em uma tendência provocada pela pandemia de coronavírus: as viagens de lazer e o anywhere office. A expectativa, contudo, é se tornar o “Uber dos céus”.

Com isso, a empresa mostra-se engajada em competir com o mercado de helicópteros. O que pode ser uma boa sacada, visto que quando o assunto é mercado de helicópteros, o Brasil é o maior do mundo.
 

ACORDO PARA COMPRA DE AÇÕES DA LILIUM

A Azul assinou o Warrant Agreement “que prevê a entrega de bônus de subscrição representando o direito de compra de 1.800.000 ações ordinárias “Classe A” de emissão da Lilium N.V. pela Azul Linhas Aéreas Brasileiras S.A. (…) Dessa forma, a Azul poderá se tornar acionista indireta da Lilium N.V., mediante exercício do bônus de subscrição e conversão em ações do capital da Lilium N.V”, diz a empresa em comunicado ao mercado. O acordo pode ser ajustado ou alterado.

Lilium (Foto: divulgação Lilium)

O QUE É EVTOL?

Trata-se de uma sigla para Electric Vertical Takeoff and Landing (decolagem e aterrisagem elétrica vertical, em português). Na prática, são veículos que funcionam como drones tripulados. Saiba mais aqui.

 

 

POR QUE IMPORTA?

O ecossistema de Mobilidade Aérea Urbana (UAM) está a todo vapor. O que parecia cena de filme de ficção científica, nos últimos anos, tem avançado. Recentemente, por exemplo, a Embraer anunciou que vai fabricar 200 unidades do eVTOL e as vendas começam já em 2026. E não apenas. As startups e grandes empresas estão desembolsando muita grana na criação dos veículos. Na lista de desenvolvedores tem a Volocopter que desenvolve veículos eVTOL para fazerem táxis. E por aí vai…

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Sabrina Bezerra, head de conteúdo na StartSe, possui mais de 13 anos de experiência em comunicação, com passagem por veículos como Pequenas Empresas & Grandes Negócios e Época Negócios, ambos da Editora Globo.

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