Em meio aos temores de recessão da economia, big tech apresentou seu pior índice desde 2017
Logo do Google (Foto: Chesnot / Colaborador via Getty Images)
, jornalista
6 min
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31 out 2022
•
Atualizado: 19 mai 2023
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O balanço divulgado pela Alphabet, dona do Google, não condizia com as expectativas do mercado. A empresa registrou um lucro líquido de US$ 13,9 bilhões no terceiro trimestre em 2022, uma queda no resultado de 26,5% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
O resultado tem a ver, principalmente, com a queda de receita de publicidade. Por exemplo, no YouTube ― empresa que o Google é dona ―, apresentou US$ 7,07 bilhões em receita de anúncios contra US$ 7,42 bilhões esperados, de acordo com estimativas da StreetAccount.
Essa desaceleração fez, de quebra, a big tech apresentar seu pior índice desde 2017 (eliminando o período do início da pandemia).
Não à toa. Em meio aos temores de recessão da economia, consumidores e empresas reduziram os gastos. Em cenários como esse, as marcas costumam cortar o orçamento da área de marketing ― o que acende um alerta para o mercado de publicidade online.
O próprio CEO da Alphabet Sundar Pichai deu a deixa em uma ligação com os investidores. Ele disse, segundo o Financial Times, que: “estamos em um momento difícil no mercado de anúncios.”
Essa desaceleração tem a ver também com o pico da pandemia: o mercado de anúncios sofreu um boom no período. Afinal, com as restrições impostas por governos, os estabelecimentos tiveram de migrar para o online para sobreviver ― e os anúncios digitais foram uma das estratégias.
Agora, usando como exemplo o recorte de e-commerce, o setor continua crescendo, mas em ritmo menor do que durante a covid-19, isso, de certa forma, reduz os investimentos em anúncios online.
Além disso, hoje existem uma série de plataformas que oferecem conteúdo em vídeo (e são queridinhas por consumidores). O que também impacta o resultado do YouTube. Isso porque, ao invés das marcas apostarem apenas na rede social do Google, diluem a verba para estar presente em outros canais como TikTok, Instagram e Pinterest.
A receita do Google Cloud foi de US$ 6,9 bilhões contra US$ 6,69 bilhões esperados, de acordo com estimativas da StreetAccount. Trata-se de um aumento notável de US$ 5 bilhões comparado com o ano anterior.
A título de curiosidade, quando o assunto é mercado de nuvem, as plataformas de nuvem (Saas, PaasS e IaaS) são as grandes tendências para 2023, segundo a Gartner. Para conhecer mais o mercado de nuvem, assista o vídeo abaixo:
A queda do lucro da Alphabet traz algumas análises, como: a desaceleração do mercado de anúncios online e como as marcas estão usando, cada vez mais, esse tipo de publicidade de forma estratégica. Afinal, à medida que a verba é reduzida nas áreas de marketing, é preciso pensar em formas de como diluir o investimento nas mais variadas plataformas para trazer resultado para o negócio. É o famoso fazer muito com pouco.
Outro ponto que vale observar é como as empresas estão mais focadas em aumentar gastos com tecnologia do que na área de marketing (esse, aliás, é assunto para outro artigo).
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Sabrina Bezerra, head de conteúdo na StartSe, possui mais de 13 anos de experiência em comunicação, com passagem por veículos como Pequenas Empresas & Grandes Negócios e Época Negócios, ambos da Editora Globo.
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