Startup chilena alcançou o valuation de US$ 1 bilhão após receber um aporte série C de US$ 125 milhões
App da Betterfly (foto: reprodução)
, jornalista da StartSe
7 min
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14 fev 2022
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Por Tainá Freitas
A Betterfly é o primeiro unicórnio social da América Latina. A startup chilena alcançou o valuation de US$ 1 bilhão após receber um aporte série C de US$ 125 milhões.
Quando fundaram a startup, no entanto, Eduardo e Cristóbal Della Maggiora tiveram receio de não levantar investimentos. Isso porque a companhia é uma social startup – ou empresa B, certificado dos negócios que equilibram lucro e propósito.
“Nós viemos do mercado financeiro, trabalhamos no JP Morgan. Queríamos colocar o propósito na frente de tudo e tínhamos medo de como os investidores iam olhar para isso. Mas fizemos de qualquer jeito”, conta Cristóbal, presidente e cofundador da Betterfly, em entrevista à StartSe. “Ter um impacto econômico para os nossos investidores é bom, é essencial, mas é tão importante quanto ter um impacto positivo no mundo, no lado social e no meio ambiente”.
Pode parecer um desafio, mas o modelo de negócios da Betterfly combina o lucro e o propósito. A companhia é uma plataforma de benefícios B2B – ou seja, as empresas contratam os serviços para oferecer aos seus funcionários. Há uma cartela variada de assistência: psicológica, financeira e exercícios físicos (da corrida à meditação).
À medida que o funcionário investe no próprio bem-estar, ele ganha Bettercoins – a moeda da gamificação da Betterfly. As moedas podem ser trocadas por doações em instituições sociais. Além disso, a cobertura do seguro também aumenta na mesma proporção que cada colaborador tem um hábito saudável.
“Descobrimos na Burn to Give [empresa que tiveram antes da Betterfly, mas que serviu de base para o negócio] que ao discursar para dez pessoas, uma pode fazer o exercício. Mas se você falar para as mesmas dez pessoas que irá doar para a caridade se elas fizerem esportes, você tem nove das dez pessoas fazendo esportes”, afirma Della Maggiora.
A Betterfly foi criada oficialmente há um ano e quatro meses. Neste último ano, a empresa apertou o acelerador: foi de 50 funcionários para 500 funcionários. A companhia chilena deseja construir uma sede no Brasil – e planeja contratar um time local para construir a Betterfly local.
“Criar uma unidade no Brasil apenas com chilenos não funcionaria, pois os desafios são diferentes. Vamos contratar em vários setores: tecnologia, produto, marketing, operações, vendas”, afirma o presidente.
O crescimento também aconteceu através da aquisição de seis negócios com foco em finanças. Há uma brasileira na lista: a Xerpa, uma startup que facilita o adiantamento de salários.
A aquisição de empresas com foco em serviços financeiros não é por acaso. Esta é uma questão que a Betterfly pretende solucionar na América Latina.
“Nós já temos a parte física e mental. Mas em qualquer momento que você pergunta o que as pessoas precisam, elas dizem que precisam dormir mais, fazer mais exercícios; elas nunca dizem que estão preocupadas com as finanças. No entanto, muitas não sabem como vão chegar ao final do mês. As finanças são uma ameaça silenciosa na América Latina e queremos prover esse cuidado financeiro”, explica Della Maggiora.
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, jornalista da StartSe
Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero. Apresenta o podcast Agora em 10 na StartSe e também atua na área de Comunidades na empresa. É especialista em inovação, tecnologia e negócios.
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