Empresa cria avatares, influenciadores virtuais e NFTs; entenda porquê isso é importante agora e no futuro, em um metaverso
, jornalista da StartSe
5 min
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23 nov 2021
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Por Tainá Freitas
Satiko: este é o nome da influenciadora virtual da Sabrina Sato. A celebridade construiu seu avatar com a Biobots, nova startup que cria influenciadores virtuais e NFTs. Agora, ela irá participar das redes sociais de Sato, mas trazendo novas possibilidades – inclusive uma nova personalidade.
A expectativa é que a Satiko mostre experiências diferentes do que as de Sabrina Sato, de forma a conquistar um novo público e engajar o já existente. “O influenciador pode adorar paraquedas, mas não saltar por medo. O influenciador digital ou avatar poderá fazer isso, bem como estar em qualquer lugar do mundo”, explica Ricardo Tavares, CEO da Biobots, em entrevista à StartSe.
O influenciador digital não é algo novo para o público brasileiro. A Lu, do Magalu, é um exemplo que trouxe mais afinidade para os consumidores no país. Embora seja digital, a influenciadora virtual "participa" de eventos presenciais e faz publicidades.
Enquanto os influenciadores reais – e embaixadores de marca – estão suscetíveis a cometer erros que podem expor a empresa, o risco é diferente com os influenciadores digitais, pois a experiência é 100% controlada.
“É possível criar avatares que descendem de pessoas com personalidades conhecidas e consolidadas, não apenas artistas, mas esportistas, cantores, etc. São suas versões no mundo digital”, conta o fundador da companhia.
Além disso, para a Biobots, os avatares têm tudo a ver com outra tendência do momento: o metaverso. O metaverso é a união entre o universo virtual e físico, trazendo uma experiência híbrida em que é possível trabalhar, ir a shows e até fazer exercícios através de óculos de realidade virtual.
O Facebook mudou de nome para “Meta” para investir com tudo no setor. Essa também é a aposta da Epic Games, Roblox, Gucci, Disney, entre outras companhias.
“O avatar é um cartão de entrada para o metaverso. Você não poderá participar dele profundamente se não tiver uma persona e é nisso em que pautamos o nosso modelo de negócios”, explica o fundador da Biobots.
Foram mais de 60 dias para decidir como seria o cabelo da Satiko. Isso porque o avatar é “feito a mão”, com todos os detalhes de textura de pele, cabelo e personalidade decididos por uma equipe qualificada.
O avatar poderá ter personalidade igual ao dono ou diferente, como é o caso da Satiko. “Tudo começa com um questionário com as intenções para o avatar. São níveis de produção: no caso da Satiko, todas as roupas são feitas por um designer de moda, há um diretor de arte”, explica.
O próprio Facebook deixou claro a possibilidade das pessoas moldarem a própria aparência no metaverso. No vídeo de divulgação, é possível ver pessoas com avatares comuns conversando com outras com aparência de robô, por exemplo.
Há quem acredite que o metaverso é o futuro da internet, o NFTs, o futuro da arte, e as criptomoedas, o futuro do dinheiro. Ainda não é possível saber se eles serão as opções dominantes, mas é impossível negar que esses são mercados em pleno crescimento.
Para se tornar um player dominante no mercado brasileiro e Miami (onde também está presente), a Biobots está contando com um investimento de R$ 20 milhões, levantado com investidores-anjo.
A aposta em influenciadores virtuais e avatares não é necessariamente atrelada aos tokens não fungíveis, mas estes são universos próximos.
É possível fazer um NFT da Satiko para que a propriedade intelectual seja comprovada através da blockchain, por exemplo. “As pessoas poderão começar a trocar avatares de acordo com o valor e raridade, e é algo que será eternizado na blockchain”, explica Heitor Miguel, chefe de tecnologia e sócio da Biobots.
Além disso, é possível a comercialização de roupas para os avatares através de NFT. A Gucci é uma das marcas de alta costura que criou roupas virtuais. Atualmente, a Biobots realiza o processo de mintagem (ou seja, a criação) dos NFTs.
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Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero. Apresenta o podcast Agora em 10 na StartSe e também atua na área de Comunidades na empresa. É especialista em inovação, tecnologia e negócios.
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