A fintech oferece a gestão de criptoativos junto aos serviços tradicionais de conta digital
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6 min
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6 abr 2021
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Por Tainá Freitas
Criptomoedas e contas digitais são duas verticais do sistema financeiro que não se misturam? Errado. Já existem fintechs que permitem a gestão de criptomoedas dentro de contas digitais, bem como a realização de serviços financeiros dentro da Blockchain -- e uma delas é a Bluebenx.
A startup foi criada em 2017 como uma gestora de portfólio de investimentos em criptomoedas. A companhia também intermediava a compra e venda das moedas através de exchanges -- inclusive estrangeiras --, possibilitando a compra de ativos ainda não vendidos nas corretoras brasileiras.
A evolução do negócio foi a união entre as criptomoedas -- que vão do Bitcoin às altcoins, as moedas alternativas -- com o real. Agora, a companhia possibilita que os usuários paguem suas contas com Bitcoin ou outras criptomoedas.
Embora empresas como a Tesla, PayPal e Visa já aceitem criptomoedas como forma de pagamento, essa ainda não é uma realidade popular no Brasil. A Bluebenx permite que os clientes guardem seus criptoativos e os convertam rapidamente em real para utilizar o valor em compras e saques, por exemplo.
“O nosso objetivo é ser um blockchain bank e mostrar que as pessoas vejam o mercado de cripto não apenas como virtual, mas um mercado real, em que podem converter um Ripple rapidamente para usar o valor no cartão de débito e pagar a conta do restaurante”, explica Roberto Cardassi, CEO e fundador da Bluebenx, em entrevista à StartSe.
Outro objetivo ao se tornar um “blockchain bank” é de permitir a conexão entre várias redes e serviços. Atualmente, a Bluebenx se conecta com a blockchain utilizada pelo Bitcoin e a DeFi, que promove a ideia de finanças descentralizadas (isto é, que transações sejam realizadas com outros intermediários além de bancos, exchanges e corretoras).
Assim como diversos bancos e fintechs de conta digital, a Bluebenx é recompensada através do spread bancário. No entanto, a companhia também oferece um programa de recompensas que recebe o mesmo nome. No Spread da Bluebenx, os usuários são recompensados com criptoativos.
“Nos baseamos no Stacking, um modelo que já existe no mercado. O cliente adquire ativos e se dispõe a guardá-los, sem negociar, por um período específico escolhido por ele. Isso é chamado de ‘holding’ e gera recompensas devido ao tempo de permanência e da possibilidade de ganho de valorização da criptomoeda”, explica Cardassi.
A fintech oferece o holding de mais de 20 ativos, a exemplo da criptomoeda Pepper. O pagamento da recompensa pode ser feito em “Benx”, token criado pela própria Bluebenx que funciona apenas dentro do app, ou em “stable coins” -- criptomoedas que são pareadas em real, euro, dólar, entre outras moedas convencionais.
A recompensa pode ser vendida dentro da própria Bluebenx e convertida em real para realização de pagamentos, saques e outras transações comuns. Por determinações do Banco Central, que ainda está estabelecendo as legislações em torno dos tokens de pagamento, o cliente só pode retirar o valor recebido em cashback quando convertido em real.
Embora o primeiro boom do Bitcoin tenha acontecido em 2017, a criptomoeda teve oscilações em sua valorização ao longo dos anos. Desde 2020, têm sido cada vez mais adotadas por empresas -- e as fintechs não são exceção.
As moedas criptografadas têm sido aceitas como formas de pagamento ou investimento, para proteção de patrimônio. A segunda medida foi adotada por empresas como Tesla e Micro Strategy, que compraram milhões de dólares em bitcoins.
Há, no entanto, um movimento em que as criptomoedas estão se tornando cada vez mais acessíveis no dia a dia das pessoas. Além da Bluebenx, as fintechs brasileiras Alter e a Zro Bank também disponibilizam o armazenamento desses ativos digitais em suas contas.
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Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero. Apresenta o podcast Agora em 10 na StartSe e também atua na área de Comunidades na empresa. É especialista em inovação, tecnologia e negócios.
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