Meios de pagamentos e celulares fomentam cultura de compra online e coloca Brasil em 4º colocado no ranking
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4 min
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3 mar 2022
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Por Camila Petry Feiler
Depois do choque em 2020 e aprendizados consolidados em 2021, com desafios como a Lei Geral de Proteção de Dados, as incertezas econômicas e pandêmicas, o Brasil segue em 2022 como um dos países onde o e-commerce mais vai crescer.
Isso é o que mostra o relatório Global Ecommerce Forecast 2022, produzido pelo eMarketer | Insider Intelligence, onde as Filipinas e a Índia vão liderar o ranking no crescimento das vendas de e-commerce este ano, com aumentos respectivos de 25,9% e 25,5% . Os países da América Latina e do Sudeste Asiático ocupam a maior parte da lista dos 10 primeiros, enquanto o último lugar fica para os Estados Unidos, a única economia avançada a deslizar no ranking, com um crescimento de 15,9%.
Nessa previsão, o Brasil ocupa o quarto lugar, com crescimento esperado de 22,2%:
A retomada do varejo físico, claro, balança o crescimento do e-commerce, mas, ainda assim, esse percentual significa a injeção de US$ 603,68 bilhões a mais no e-commerce do que no ano passado.
Quanto ao potencial de crescimento do e-commerce na América Latina e do Sudeste Asiático, deve-se ao fato de que em ambas as regiões “estão vendo um aumento no número de compradores digitais e são o lar da classe média em expansão”, afirma a pesquisa.
Olhando para 2021 em comparação a 2020, o índice MCC-ENET, desenvolvido pela Neotrust/Movimento Compre & Confie, em parceria com o Comitê de Métricas da Câmara Brasileira da Economia Digital (camara-e.net), mostra os números por estado e setores mais procurados.
Considerando os dados por região, dezembro de 2021 ante o mesmo período de 2020, os resultados foram: Norte (32,70%); Centro-Oeste (26,55%); Nordeste (23,69%); Sul (15,24%); e Sudeste (11,99%). Já no acumulado dos últimos 12 meses, o desempenho foi: Norte (56,16%); Centro-Oeste (52,58%); Nordeste (48,43%); Sul (38,98%); e Sudeste (30,30%).
Em novembro de 2021, a composição de compras realizadas pelo e-commerce, por segmento, ficou da seguinte forma: equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (43,4%); móveis e eletrodomésticos (28%); e tecidos, vestuário e calçados (10,2%).
Na sequência, aparecem artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (6,9%); outros artigos de usos pessoal e doméstico (5,6%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,8%); e, por último, livros, jornais, revistas e papelaria (2,1%). Esse indicador também utiliza a Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE como base.
A pandemia e o distanciamento social fortaleceram o padrão de compras online, mas existem outros fatores por trás da escolha pelo e-commerce. A Beyond Borders, pesquisa publicada pelo Ebanx, mostra dois fatores de impacto: a adesão massiva de meios de pagamentos digitais, como as carteiras digitais e PIX e também o crescimento das compras feitas pelo celular - seja pelo aplicativo do e-commerce ou pelas redes sociais.
Os novos hábitos de consumo se mantêm, mesmo com a flexibilização das restrições dos comércios na pandemia. Indicativos de que é preciso seguir investindo no e-commerce, apostando nas tendências que se desenham para 2022.
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Jornalista focada em empreendedorismo, inovação e tecnologia. É formada em Jornalismo pela PUC-PR e pós-graduada em Antropologia Cultural pela mesma instituição. Tem passagem pela redação da Gazeta do Povo e atuou em projetos de inovação e educação com clientes como Itaú, Totvs e Sebrae.
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