Rede de supermercados sueca lança suplemento de algas vermelhas para animais bovinos para diminuir impacto ambiental
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Por Ana Julia Guimarães
Com o objetivo de encontrar soluções para as mudanças climáticas e poluição do meio ambiente, uma rede de supermercados sueca chamada Coop lançou um produto ainda não produzido em nenhum outro lugar, uma carne bovina com baixo metano, obtida através da suplementação dos animais com algas vermelhas.
As embalagens com desenho de vacas mastigando algas marinhas, trazem uma explicação sobre os benefícios do alimento. Na prática, a nova alimentação através de algas vai diminuir os arrotos dos animais bovinos e, com isso, reduzir em 80% (podendo chegar até 90%) as emissões do gás metano no meio ambiente, segundo o cientista pesquisador Rob Kinley.
Como sabemos, o CH4 é um gás do efeito estufa, liberado através da digestão de animais bovinos. Quando ele é emitido em grandes quantidades, se destaca pelo seu elevado potencial de retenção de calor. Inclusive, durante o período de 20 anos, pode ser 80 vezes mais potente no aquecimento global do que o dióxido de carbono. Algo que realmente deve ser levado em consideração nos nossos próximos passos no mercado.
A iniciativa pode ser uma das principais abordagens para alavancar novas tecnologias no mercado. Além disso, também se adequa aos princípios do ESG. Temática que grandes empresas passaram a priorizar já que entenderam que seus consumidores estão preocupados e dispostos a pagar mais pelos novos produtos “responsáveis”.
A ideia é inovar através de uma mudança de paradigma em relação aos modelos de produção vigentes e mostrar a valorização de negócios conscientes para, assim, ganhar visibilidade para investimentos por conta do capital disponível.
Segundo o Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (IBRI), em 2021, pelo menos 74% das empresas com ações na Bolsa planejavam aumentar o orçamento dos assuntos relacionados ao modelo de negócio sustentável em 2022.
A Startup Volta Greentech é um exemplo disso, que através do cultivo próprio dessas algas marinhas específicas, firmou sua parceria com a Coop e com outra empresa alimentícia chamada Protos. O método utilizado é a cultura do produto em terra, em vez de colhê-lo no oceano. Isto porque, segundo a empresa, é a melhor maneira para garantir qualidade e volume de produção.
Também podemos destacar a Ben & Jerry’s, que recentemente lançou o Projeto Mootopia – com o objetivo justamente de reduzir significativamente as emissões dos gases de efeito estufa. A empresa busca ajudar os agricultores a adotarem práticas mais sustentáveis e tecnológicas e já está em fase de teste com o suplemento de algas marinhas com alguns dos seus fornecedores de laticínios.
Além destas, podemos enxergar muitas outras marcas, agricultores e produtos diferentes no mercado que estão enxergando o novo suplemento como grande oportunidade no mercado, portanto há demanda. Logo, o investimento para a melhoria do cultivo das algas marinhas pode ser colocado como prioridade e já caminhar para um cenário mais escalado.
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