A previsão é acabar com os congestionamentos nas vias terrestres. Quando? Daqui a 4 anos!
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4 min
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5 mai 2022
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Por Camila Petry Feiler
A Eve, braço da Embraer para soluções em mobilidade urbana, divulgou um documento pioneiro no Brasil, o Conceito de Operações (Concept of Operations - CONOPS), que apresenta uma visão inicial do futuro mercado de Mobilidade Aérea Urbana (Urban Air Mobility - UAM) para o Rio de Janeiro. A previsão? Que a operação comece a rodar oficialmente em 2026.
O relatório traz dados e análises que abrangem a visão, os pontos de atenção e as necessidades operacionais do eVTOL (sigla em inglês para veículos elétricos de decolagem e pouso vertical), da jornada do usuário e de serviços e suporte. Para a coleta de dados, a empresa iniciou o estudo em novembro de 2021, com 6 voos diários de helicóptero, que assim como os protótipos, também decola na vertical.
A simulação foi feita entre o aeroporto do Galeão e a Barra da Tijuca, trecho que de carro chega a levar 1h30, enquanto de forma aérea superou as expectativas dos pesquisadores e levou 9 minutos. Cerca de 600 pessoas participaram do teste, avaliando perspectivas para transporte, passeio turístico e conexão entre aeroportos.
Além da economia de tempo, a expectativa é também diminuir a emissão de carbono. O relatório afirma que “a cidade poderá diversificar a economia local com novas fontes de receitas, atrair investimentos em infraestrutura verde e acelerar a descarbonização do sistema de transporte.”
De acordo com o documento, um eVTOL é uma aeronave elétrica que vai decolar e pousar verticalmente. Essas aeronaves são projetadas explicitamente para garantir a segurança, melhorar a acessibilidade dos voos urbanos e minimizar o ruído para obter a aceitação da comunidade.
Os eVTOLs operarão inicialmente com um piloto a bordo, mas farão a transição para voos autônomos assim que os dados para apoiar o caso de segurança forem robustos, a tecnologia amadurecer e os reguladores permitirem.
Sendo alimentados eletricamente, os eVTOLs precisarão de instalações para recarregar ou trocar baterias entre alguns, mas não todos os voos.
Espera-se que o mercado de UAM tenha um rápido crescimento. Até 2035, segundo análise de Eve, o Rio de Janeiro poderá ter até 37 vertiports e 245 eVTOLs. A essa altura, espera-se que 4,5 milhões de passageiros viajem em mais de 100 rotas anualmente, gerando uma nova e diversificada fonte de receita para a cidade.
Os dados e informações extraídos desta simulação irão contribuir para a definição das características e necessidades para o desenvolvimento da mobilidade aérea urbana não só no Rio de Janeiro, mas também em outros lugares, criando plano de Mobilidade Aérea Urbana para qualquer cidade.
Isso aproxima o Brasil de um sonho antigo que é ocupar, de forma mais inteligente e sustentável, os espaços aéreos, otimizando o tempo e solucionando os entraves no transporte terrestre.
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Jornalista focada em empreendedorismo, inovação e tecnologia. É formada em Jornalismo pela PUC-PR e pós-graduada em Antropologia Cultural pela mesma instituição. Tem passagem pela redação da Gazeta do Povo e atuou em projetos de inovação e educação com clientes como Itaú, Totvs e Sebrae.
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