Concorrente do ChatGPT havia licenciado sua tecnologia para o Google por US$ 2,7 bilhões; prática é considerada monopolista
Character.ai deixa de fazer modelos de IA após acordo com Google
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4 min
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3 out 2024
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Atualizado: 3 out 2024
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Concorrente da OpenAI, a Character.ai virou unicórnio no ano passado, apenas seis meses depois de seu lançamento.
Mas, apesar de promissora, a startup revelou recentemente que está abandonando o desenvolvimento de modelos de linguagem LLM, o mesmo usado no ChatGPT.
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O CEO da Character.ai, Dominic Perella, disse ao Financial Times que a startup não consegue acompanhar gigantes como a própria OpenAI, apoiada pela Microsoft, Amazon e Google. E que ficou "absurdamente caro" treinar esses modelos, mesmo com um grande orçamento.
O curioso é que, em agosto deste ano, a Character.ai havia assinado um acordo de US$ 2,7 bilhões com o Google para licenciar seus modelos de linguagem e para trazer de volta à gigante de tecnologia o cientista de dados Noam Shazeer, que saiu do Google para fundar a Character.ai.
Parece estranho que o Google tenha adquirido os direitos por uma tecnologia que terá seu desenvolvimento descontinuado pela startup? Para um grupo de senadores americanos, a prática, que tem sido adotada em massa pelas big techs, tem como objetivo eliminar a concorrência.
Há alguns meses, os senadores democratas Ron Wyden (Oregon), Elizabeth Warren (Massachusetts) e Peter Welch (Vermont) entraram com pedido de investigação das big techs, alegando que essas companhias estão utilizando um mecanismo chamado de “poaching” ou “acqui-hiring” para monopolizar o mercado de inteligência artificial.
A estratégia consiste em contratar funcionários e executivos C-Level de startups promissoras de IA e licenciar a tecnologia desenvolvida por elas para realizar uma espécie de aquisição da empresa. Porém, sem que isso seja enquadrado nas leis americanas que buscam evitar a formação de monopólios.
Vale lembrar que o Google também passou as últimas semanas se defendendo de acusações de monopólio em um processo movido pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ), em conjunto com os estados da Califórnia, Nova York, Colorado, Virgínia, Connecticut, Nova Jersey, Rhode Island e Tennessee. O julgamento ocorre em um tribunal federal em Alexandria, Virgínia, e os argumentos finais serão apresentados no dia 25 de novembro.
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