Depois da pressa pelo metaverso, parece que os investidores do Venture Capital acertaram em um alvo mais próximo para ganhar dinheiro: a OpenAI, do ChatGPT.
A depender dos seus contratos de investimento e/ou compra de ações, alguns dos investidores iniciais da OpenAI terão a oportunidade de reaver o valor investido valorizado. No Venture Capital, esse movimento de saída antecipada é chamado de early-exit. (Fo
, Head de Conteúdo na Captable
6 min
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12 jan 2023
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Atualizado: 19 mai 2023
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De organização sem fins lucrativos para startup unicórnio a OpenAI já viveu de tudo. Pelo menos, para seus investidores, a notícia é boa: depois do sucesso do ChatGPT, os retornos devem começar a aparecer ainda em 2023.
Há rumores de que uma rodada com oferta secundária de ações – ou seja, ações de investidores iniciais serão postas a venda – ocorrerá ainda esse ano. Quanto vale uma inovação? US$ 29 milhões, segundo as especulações.
Caso ocorra, a rodada fará com que o valor de mercado da startup dobre.
Segundo reportagem do Wall Street Journal, os fundos Thrive Capital e Founders Fund (de Peter Thiel e Sean Parker) estão em negociação para comprar uma fatia da OpenAI por US$ 300 milhões, na forma de uma oferta pública secundária. Caso se concretize, a rodada dará saída para acionistas existentes – sejam fundadores, colaboradores com participação ou investidores.
Nomes gigantes do mercado como Y Combinator, Sequoia, Andreessen Horowitz e Tiger Global já possuem ações da startup de inteligência artificial. Agora, alguns – ou todos – terão a oportunidade de vender suas ações valorizadas (pelo menos duplicadas em valor).
Ou seja, a depender dos seus contratos de investimento e/ou compra de ações, alguns desses players terão a oportunidade de reaver o valor investido valorizado. No Venture Capital, esse movimento de saída antecipada é chamado de early-exit.
Por incrível que pareça, nem todo investidor vai agarrar essa oportunidade de receber seu investimento e valorização. Por definição, o Venture Capital busca comprar tempo com o aporte financeiro, reduzindo o horizonte de tempo de desenvolvimento necessário para alcançar um resultado desejado – em geral, a próxima rodada, reiniciando o ciclo.
Porém, na maioria das vezes, essa entrada em um negócio vislumbra uma trilha longa, com crescimento de múltiplos elevados e, por fim, retornos extremos. Por isso, embora atrativo ao empreendedor, os early-exits não costumam ser convincentes para fundos de investimento e outros investidores.
Há um porém: na sede de ter retornos em seus fundos de Venture Capital, algumas gestoras podem optar por deixar dinheiro na mesa – deixando de ganhar mais no futuro –, retirar o valor investido agora e apresentar um cenário de ganhos mais favorável aos investidores que aportaram no fundo.
Nem só do ChatGPT é feita a OpenAI. Outro produto que já está em testes é a plataforma de inteligência artificial para imagens DALL-E. Mas, vale lembrar, foi o sucesso do ChatGPT, que conquistou mais de um milhão de usuários em menos de uma semana, que despertou a atenção do mundo: usuários, concorrentes e investidores.
Esse sucesso, inclusive, pegou o Google de surpresa e a gigante das buscas já está em estado de alerta. Mais que o buscador homônimo, a empresa de Mountain View gera receita através de anúncios.
Se usuários passarem a conversar com uma inteligência artificial para obter respostas ao invés de recorrer ao Google, a gigante poderá ficar em maus lençóis – caso ocorra, a mudança de comportamento pode gerar grandes perdas em receita de anúncios. Ninguém vai querer perder tempo lendo longos textos para encontrar a resposta desejada e nem destrinchar o conteúdo no meio de anúncios.
Pior: já tem concorrente (gigante) com buscador que está implementando a tecnologia ao seu motor de buscas. Segundo o The Information, a Microsoft já está trabalhando em uma versão do Bing que utiliza o software de inteligência artificial por trás do ChatGPT – o objetivo é tornar as consultas mais eficientes e, por fim, aumentar o market-share frente ao Google.
Vale lembrar que a Microsoft percebeu o valor da OpenAI muito antes do hype: em 2019, a gigante do software já havia investido US$ 1 bilhão na startup – e parece disposta, segundo o Wall Street Journal, a voltar para a mesa de negociação e investir mais. Também pudera, todo mundo – agora – quer fazer parte de um dos primeiros sucessos da inteligência artificial em larga escala.
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Victor Marques é Head de Conteúdo na Captable, maior hub de investimentos em startups do Brasil, que conecta seus mais de 7000 investidores a empreendedores com negócios inovadores. Escreve há mais de dois anos sobre inovação. Formado em Letras e Mestre em Linguística pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
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