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Empresa transforma tempo de executivos em NFT; entenda

Profissional que faz parte da Chiefs.Group coloca na plataforma o volume de tempo que quer dedicar às startups e recebe Chiefs Tokens

Empresa transforma tempo de executivos em NFT; entenda

NFT (da-kuk via Getty Images)

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Chiefs.Group está transformando seus executivos e executivas em NFT. Não, você não vai comprar uma fotinha autografada do Andreas Blazoudakis ou do Anderson Diehl. Mas poderá ter nomes relevantes do mercado te apoiando em algum projeto de sua startup com pagamento em participação acionária ou mesmo em dinheiro ou tokens.

Essa é a proposta da carteira digital baseada em blockchain que a Chiefs.Group acaba de colocar no ar. A plataforma é uma evolução do modelo original da companhia, que nasceu com a proposta de oferecer a contratação de executivos como serviço, ou Chief as a Service (CaaS), como batizou sua idealizadora, Cristiane Mendes, cofundadora do (finado) Delivery Center e da Visor (comprada pela Accera).  

“O conceito de gestão de carreira sempre fez parte dos objetivos. Mas qual seria o sentido de lançar tudo isso no formato tradicional, da Web2? O conceito de open talent economy [no qual a Chiefs baseia sua atuação] se aplica muito bem no blockchain”, avalia Cristiane. O projeto foi construído em cima da rede Polygon em junto com a OnePercent, especializada em projetos em blockchain. “Tivemos uma conexão forte com a Chiefs porque temos esse caminho aqui na própria OnePercent”, diz Fausto Vanin, cofundador da companhia.

COMO FUNCIONA

O executivo ou a executiva que faz parte da Chiefs coloca na plataforma o volume de tempo que quer dedicar às startups. As NFTs equivalentes são então emitidas e armazenadas na carteira dele ou dela como Chiefs Token.

Quando a startup que for trabalhar com essa pessoa definir como quer remunerar a prestação do serviço (dinheiro, equity ou tokens) a equivalência e a troca são feitas. Com o recurso dos contratos inteligentes, a ideia é que a própria plataforma gerencia e execute os termos acordados, explica Fausto Vanin.

De acordo com Cristiane, as emissões feitas na plataforma têm validade jurídica garantida porque estão sob o guarda-chuva do contrato que as startups assinam com o Chiefs.Group. Por enquanto, o que vai para a blockchain é um espelho do que está nesse contrato. Mas o plano é que, no futuro, tudo seja feito de forma digital desde o início.   

Também no futuro, quando a regulação permitir a plataforma poderá até operar como uma bolsa para compra e venda de participações em startups investidas, vislumbra Cristiane.

Carteria digital da Chiefs.Group (crédito: divulgação)

O QUE FAZ A CHIEFS?

A Chiefs.Group nasceu com a proposta de que profissionais dediquem às startups de 4 a 6 horas semanais em projetos com duração de cerca de 6 meses. Na avaliação de Fausto, com a nova plataforma, mais do que as horas de dedicação, os profissionais poderão atribuir expectativa de geração de valor à sua atuação junto aos negócios.   

Atualmente, são 400 chiefs, um número quase 4 vezes maior que os 150 registrados em maio do ano passado, quando a operação foi apresentada oficialmente ao mercado. Do lado das startups, são 5. O plano é chegar a 300 startups atendidas em um prazo de 5 anos. O grupo nasceu no começo de 2020.

De acordo com Cristiane, a plataforma foi muito bem recebida pelos chiefs. Em 4 dias, 53 profissionais se prontificaram a participar, com um total de R$ 11,3 milhões em tempo disponibilizado. Entre os nomes está Arthur O´Keefe, ex-executivo da Movile, que investiu na netspaces.   

PR AS A SERVICE

Dentro do modelo da chiefs como serviço da Chiefs.Group, a agência FirstCom começou a oferecer o modelo de PR as a Service (PRaaS). A ideia partiu de Luis Claudio Allan, presidente da agência e diretor de comunicação da Chiefs.Group.

“Para uma startup nos seus primeiros dias, investir em marketing e comunicação pode ser caro. Então decidimos estruturar um modelo em que a startup consegue contar com serviços profissionais de assessoria de imprensa, produção de conteúdo e marketing pessoal sem ter que colocar dinheiro na mesa. Sem uma boa comunicação é praticamente impossível uma startup atrair clientes e capital de risco para avançar”, diz ele. De acordo com ele, duas empresas são atendidas neste modelo atualmente.

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