Entenda as estratégias por trás da plataforma de áudio, que está chegando para usuários de Android depois de fazer sucesso no iPhone.
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Por Alberto Cataldi e Tainá Freitas
O Clubhouse chegou ao Brasil e está dando o que falar — literalmente. O aplicativo criado no Vale do Silício é a mais nova rede social focada em áudio. O aplicativo foi lançado em março de 2020, quando a pandemia do coronavírus passou a ganhar força ao redor do mundo. Ele se destaca entre as redes existentes até então por facilitar a socialização de pessoas de forma mais humana, além de promover um aprendizado descontraído. Além disso, depois de longos meses disponível apenas para iPhone, a partir de 18/05 o app poderá ser baixado também por quem tem sistema Android.
Conheça os cinco principais pontos que explicam o sucesso do aplicativo:
O Clubhouse permite criar salas de discussão temáticas. As conversas acontecem sempre que há participantes ou podem ser marcadas com antecedência, através de eventos.
Ao criar uma conta, o aplicativo pergunta os interesses do usuário para recomendar salas de bate-papo e perfis para acompanhar. É possível encontrar salas de empreendedorismo, negócios, investimentos, tendências, até de entretenimento e humor.
Parte do sucesso do Clubhouse se deve ao FOMO — o “fear of missing out”, traduzido como “o medo de estar perdendo algo”. Inicialmente, o aplicativo estava disponível apenas para dispositivos com sistema operacional iOS (iPhones e produtos Apple), deixando completamente de fora os que utilizam Android e outros sistemas. Mas, desde 18 de maio de 2021, o Clubhouse também passou a ser oferecido para usuários de Android.
Além disso, assim como o clássico Orkut, o Clubhouse funciona à base de convites. É preciso que um amigo envie um convite ou aprove sua solicitação de entrada no app. Ser uma rede social mais restrita ajudou a alimentar a curiosidade das pessoas.
E, para arrematar, as conversas não ficam gravadas. É necessário estar presente “ao vivo” para não perder as discussões.
Em geral, as redes sociais permitem que nos aproximemos de pessoas de todo o mundo, inclusive de celebridades. No Clubhouse, essa aproximação é ainda maior, pois é possível conversar com as pessoas caso encontre-as em alguma sala. Elon Musk, Oprah Winfrey, Mark Zuckerberg, Ashton Kutcher, Drake e Chris Rock são alguns dos nomes que já participaram de conversas no app.
Elon Musk, em específico, recentemente fez um convite a Vladimir Putin, presidente da Rússia, para uma conversa. As salas possuem capacidade máxima de 5 mil ouvintes.
Praticamente todas as grandes redes sociais estão desenvolvendo suas versões do Clubhouse. Mark Zuckerberg parece ter gostado do que viu ao participar do Clubhouse. De acordo com o New York Times, o Facebook está desenvolvendo uma iniciativa semelhante. A rede social já é conhecida por levar ideias dos concorrentes para dentro de seus produtos — aconteceu com o Stories, que começou no Snapchat e foi lançado de forma semelhante no Instagram; e o Reels, a versão do Facebook para os vídeos do TikTok.
Quem também está de olho no Clubhouse é o Twitter, que acelerou a implementação de sua ferramenta “Spaces” anunciada no ano passado. O Spaces também funciona como sala de bate-papo de áudio.
O Clubhouse foi criado por Paul Davison e Rohan Seth, ex-funcionários do Google. A empresa recebeu o primeiro investimento em maio de 2020, no valor de US$ 10 milhões, do fundo Andreessen Horowitz. Já em janeiro deste ano, o fundo voltou a investir, agora dez vezes mais, com US$ 100 milhões.
Em maio de 2021, em nova rodada de investimentos liderada por Andrew Chen da a16z, com participação da DST Global, Tiger Global, e Elad Gil, a rede social foi avaliada em US$ 4 billhões. De acordo com Axios e The Information, o Clubhouse é um dos maiores recentes unicórnios do Silicon Valley.
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