Empresa não quer depender da receita de apenas um produto e mudou o foco para o setor de serviços.
Loja da Apple na Austrália (foto: Getty)
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10 min
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4 mar 2021
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Por Victor Marques
Para quem acompanha somente notícias em grandes portais, o grande destaque dos resultados do último trimestre fiscal da Apple foi o iPhone. Claro, falar sobre o iPhone é garantia de títulos e matérias com altos números de acesso. Mas, apesar do smartphone ainda representar grande parte das receitas da companhia, esse crescimento pode estar atingindo seu pico.
Os motivos são muitos: mercado saturado (boa parte da população já tem acesso à smartphones), preços altos e muita concorrência. Neste trimestre, a Apple anunciou ter chegado a marca de 1 bilhão de iPhones ativos, é uma marca e tanto. Mas, seus acionistas vêm se preocupando há alguns trimestres sobre esse teto de mercado.
Inteligentemente, percebendo essa preocupação e compartilhando do sentimento dos analistas, a Apple mudou seu foco para o setor de serviços - justamente com o objetivo de diminuir sua dependência da receita de apenas um produto, o iPhone.
Em 2019, a Apple começou a oferecer um maior número de serviços, inclusive dedicando um evento exclusivamente a eles (no evento a companhia anunciou o Apple TV+, Apple Arcade e Apple News+). Os serviços se juntaram ao Apple Music e, recentemente, a companhia passou a oferecer o Apple Fitness+ (serviço de exercícios).
Neste trimestre, os esforços começaram a dar resultado e o crescimento é estrondoso: a receita do segmento de serviços cresceu 24% se comparado ao mesmo trimestre do ano passado e hoje representa 14% da receita total da Apple. As razões para isso são claras: é muito mais fácil obter escalabilidade em serviços do que com a venda de hardware; de quebra, os serviços possuem margens de lucro ainda maiores - e recorrentes.
A estratégia da Apple parece ter sido tirada diretamente do playbook das startups: produtos/serviços escaláveis crescem mais rapidamente, requerem menos investimento e possuem margens de lucro mais saudáveis.
Quando se fala em startups, frequentemente o foco está no tamanho da empresa ou no seu tempo de mercado. Mas, nem toda empresa iniciante é startup. Nem toda pequena empresa é startup. Para ser considerada uma startup, é necessário que se ofereça um produto com base tecnológica e, principalmente, escalável.
Investir em startups que possuem produtos comprovadamente escaláveis é uma das estratégias para fazer investimentos de risco mais certeiros. Na CapTable, o potencial de escalabilidade é um dos pontos centrais da análise, baseada em nossa tese, realizada antes de disponibilizar uma startup para investimento.
É essencial que as startups selecionadas para nossas ofertas de investimento possuam potencial para crescer rapidamente e expandir sua base de clientes exponencialmente. Dessa maneira, garantimos maior probabilidade de crescimento da startup e oferecemos melhores oportunidades aos nossos investidores.
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Victor Marques é Head de Conteúdo na Captable, maior hub de investimentos em startups do Brasil, que conecta seus mais de 7000 investidores a empreendedores com negócios inovadores. Escreve há mais de dois anos sobre inovação. Formado em Letras e Mestre em Linguística pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
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