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Como a inteligência artificial pode ser usada no agro?

De veículos autônomos ao uso de sementes, como os investimentos high tech escalam as operações

Como a inteligência artificial pode ser usada no agro?

Mulher com tablet em plantação (foto: deimagine/Getty)

, Jornalista

7 min

22 nov 2023

Atualizado: 22 nov 2023

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Robôs, sensores e GPs já são realidade no mercado agrícola. A tecnologia sedimentou seu espaço no campo já há alguns anos e, agora, consolida sua permanência com a Inteligência Artificial

  • De acordo com o estudo MarketsandMarkets, da Statista (2021), estima-se que serão aplicados US$ 2,48 bilhões em IA no mercado agro, ultrapassando os cerca de US$ 1,98 investidos neste ano. 
     
  • A ideia é impulsionar o processamento de dados nas frentes mais valiosas para o mercado: sustentabilidade, produtividade e eficiência.

No Brasil, a dificuldade de conexão em áreas essencialmente rurais e o investimento de desenvolvimento nacional em tecnologias aparecem com as principais queixas. Mas apesar dos valores altos, os benefícios que a IA pode trazer valem sua aplicação e monitoramento.

Maiores volumes

O que já é realidade é o uso de equipamentos sofisticados para criar uma cadeia mais saudável, como:

  • Preparação do solo com apoio de softwares, irrigação e ajuste de temperatura em estudas por micro sensores e até controle da aplicação de nutrientes e do tamanho da semente. 

Com o aumento do investimento, a primeira iniciativa que vai crescer, parece redundante, mas é a escala, uma das principais queixas de produtores e empresários rurais.

  • Se esse foi o ano da supersafra, previsões mostram que em 30 anos, o Brasil será responsável por 40% da produção agrícola mundial. 

É necessário avançar e uma produção de qualidade, ágil e padronizada será mais do que bem-vinda. Como? A IA tem as respostas, ou melhor, cria as respostas.

Será possível resgatar variáveis histórias da região e da empresa sobre pragas, problemas na colheita e cruzar com índices atuais meteorológicos, financeiros e operacionais para traçar as melhores estratégias para o futuro (próximo e nem tão próximo assim).

Por que importa?

Além disso, expandir a visão e a produtividade juntas será uma nova virada na produção. Quem puder investir em  mapeamento do território com imagens de satélite e, a partir de então, entender as condições da plantação para tomar decisões sobre o tempo de produção, quantidade de nutrientes, acompanhando as condições climáticas estará na frente. 

Afinal, qual empresa não sonha com uma operação sustentável em todos os sentidos: colheita refinada, com menos perdas e melhores produtos, como se tivessem sido feitos individualmente? Garantia de fidelização do público com menor oscilação de preços e qualidade.


Ao vivo 

E como acompanhar mais de uma plantação ao mesmo tempo? Como agir de forma integrada com agilidade? E se na equação entrar mais que um produto, a resposta será mais complexa ainda. A IA pode apoiar nesta dor também.

Câmeras sofisticadas e dispositivos IoT agem nessa questão. Coletam as informações - através de imagens, vídeos e dados - criando relatórios inteligentes em tempo real. Decidir onde aplicar o dinheiro, como organizar a operação nas plantações e estruturar rotas logísticas em tempo real ficarão cada vez mais fáceis.

Sim, drones para mapeamento, automação de maquinários, controle de estoque, entregas com rotas financeiramente mais viáveis e gerenciamento do campo vem recebendo investimento para um retorno refinado. 

Por que importa?

O que permitirá agir com previsibilidade, otimizando os recursos e impactando de forma mais positiva o ciclo socioeconômico.


Segurança


Com o avanço do uso da IA, torna-se necessário investir também em proteção de dados, afastando possibilidades de fraudes, sabotagens e outros ataques cibernéticos. O alto volume de informações operacionais e estratégicas enviadas por segundo precisa de um apoio à altura. 

Por que importa?

Reconhecimento facial, tão comum em aplicativos bancários, já começou a ser incorporado no campo e na gestão. Compras de arquivos digitais para armazenamento de dados também.

Veículos agrícolas autônomas (VAA)


Sem cabine nem operador, esses veículos merecem destaque. Desde 2018, ocupando solos nacionais, estes tratores pulverizam as lavouras, realizam coletas sem a ação humana direta de forma segura.

Por que importa? 

Softwares e sensores programam o período de trabalho e ação que desse ser feito a cada dia, regulam o uso de fertilizando, água e nutrientes e operam atentos ao percurso, evitando acidentes e prejuízos. 

Por isso, devem receber cada vez mais investimentos do mercado, barateando seu custo e possibilitando novas ações no campo.

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Imagem de perfil do redator

Simone Coelho é jornalista com especialização em roteiro e storytelling. Começou a sua carreria no mercado editorial escrevendo sobre temas variados, mas durante anos trabalhou também no mercado empresarial, com a construção de conteúdos segmentados e treinamentos. Hoje, divide o seu tempo entre os dois cenários e segue apaixonada pela escrita.

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