Empresa que conquistou os faria limers - e além - com seus tênis quer levantar R$ 3,5M com rodada aberta na Captable
Reprodução Yuool
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8 min
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15 out 2024
•
Atualizado: 17 out 2024
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A Yuool ainda não é uma gigante do mercado de calçados, mas não dá pra dizer que ela não faz barulho.
A fabricante gaúcha de calçados casuais e esportivos à base de materiais diferenciados como lã de ovelha se tornou uma marca querida dos chamados “faria limers” e do público empreendedor.
Agora, o plano da companhia é aproveitar da base de fãs conquistada e transformar parte deles em investidores, com uma rodada aberta de crowdfunding.
Com uma oferta pública na plataforma da Captable, a startup tem a expectativa de levantar R$ 3,5 milhões – e já está próxima de atingir a metade da meta, com cerca de R$ 1,5 milhões captados até o momento.
Inclusive, segundo o CEO Eduardo Abichequer, a startup está otimista sobre a possibilidade superar a meta inicial, chegando até R$ 4,3 milhões.
“Queremos beneficiar aqueles que sempre estiveram ao lado do crescimento da Yuool, sejam clientes, ou investidores que acreditaram no nosso propósito”, destaca Eduardo.
“Ajustamos nossa operação para ficar mais rentável e com margens super competitivas, e agora chegou o momento para acelerar”, completa o executivo, em conversa com o Startups.
Segundo dados divulgados pela Yuool no pitch aos investidores, a companhia tem uma receita acumulada de US$ 75 milhões, com cerca de 220 mil clientes atendidos – 44 mil novos clientes nos últimos dois anos. “Dobramos em 21, dobramos em 22, e um pouco da ropdada é pra isso, botar uma gasolina no que a gente quer fazer. Agora é acelerar”, diz o CEO.
Com os recursos, o plano da Yuool é o de investir em estoque e gestão de estoque para sustentar o aumento de demanda, assim como no desenvolvimento de produto, expandindo para além das três linhas de calçado que a marca possui. Entretanto, Eduardo não deu detalhes sobre o plano – “não queremos estragar a surpresa para nossos clientes”, dispara.
Além do foco em produto, a companhia quer continuar seu plano de abrir lojas próprias, mas mantendo uma cautela que a companhia tem mantido nesse quesito. Atualmente ela tem duas lojas em São Paulo e duas em Porto Alegre – uma no Rio de Janeiro deve abrir até o fim do ano.
“Não queremos criar metas agressivas de novas lojas para não fazer negócios ruins”, diz Eduardo, frisando que todas as lojas da Yuool são rentáveis.
Outra base de crescimento é o braço internacional, operacionalizado pelo sócio italiano desde a abertura, em 2019. Com presença digital em oito países da Europa, a Yuool tem cerca de 20% de sua receita em vendas no mercado internacional – com uma pequena parte das vendas para clientes no Estados Unidos, onde opera no marketplace da Amazon.
Segundo Eduardo, atualmente 70% das vendas da Yuool são de forma direta, pelo site da companhia, mas no roadmap da rodada estão planos de abrir novos canais de venda e distribuição, incluindo a possibilidade de entrada em retailers.
Apesar do foco mais amplo, a companhia não deve deixar de lado a estratégia que a tornou uma marca querida por muitos – a de produtos e coleções exclusivas em colaboração com marcas e eventos.
Vale mencionar também que os outros cofundadores e sócios da empresa – Eduardo Glitz, Mateus Schaumloffel, Pedro Englert e Eduardo Rocha – são nomes ligados a empresas tarimbada do cenário startupeiro, como XP e StartSe.
Este ano, porém, a companhia ampliou seu alcance com coleções mais “mainstream”, fechando parcerias com nomes como Disney (uma linha exclusiva com 10 mil pares), o artista Kobra e, mais recentemente, com o Rock in Rio.
Segundo Eduardo, a estratégia continua, mas agora com a possibilidade de alçar voos ainda mais altos. “Estamos com negociações grandes pela frente e a gente quer ter um crescimento significativo a partir do próximo ano”, adianta o CEO, sem dar maiores detalhes.
A rodada na Captable é a primeira captação da companhia, que até então foi financiada por recursos próprios e de amigos e familiares (F&F).
Entretanto, em vez de buscar cheques com VCs, a empresa optou pelo crowdfunding, que tem sido uma escolha comum de muitas marcas B2C, já que este modelo de negócio não tem sido o mais atraente para os fundos, especialmente nos últimos anos.
“Não conversamos ativamente com VCs, mas para o tamanho de rodada que buscamos, que não é tão alta, vimos no crowdfunding a melhor oportunidade de captar, pois temos uma base fiel de clientes e fãs”, diz Eduardo, apontando que a taxa de recompra dos clientes passa dos 40%.
“Analisamos as opções e vimos que, fazendo (a captação) com a nossa base, a gente já consegue rodar o necessário para crescer”, finaliza.
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