Apenas no ano passado, o segmento foi responsável por movimentar R$ 5,8 bilhões. A tendência de um mercado cada vez mais promissor tem chamado a atenção de investidores. Entenda!
Raízs (Foto: Helena Mazza divulgação Raízs)
, jornalista
7 min
•
4 ago 2021
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Por Sabrina Bezerra
Uma tendência dos Estados Unidos e da Europa, mas que tem refletido nos últimos anos no Brasil: o crescimento do mercado de orgânicos. No país, o segmento foi responsável por movimentar R$ 5,8 bilhões no ano passado — mesmo sendo um ano marcado pela pandemia de coronavírus. Trata-se de um aumento de 30% quando comparado com 2019. Os dados são da Associação de Promoção dos Orgânicos (Organis).
O motivo? “A preocupação, cada vez mais crescente, com a saúde e com o que a gente ingere fez com que o mercado de orgânico se tornasse uma tendência. E irreversível. Será um setor cada vez mais forte”, diz em entrevista à StartSe José Eduardo Carrilho, engenheiro agrônomo e consultor do Sebrae.
Neste cenário, as AgTechs — empresas de tecnologia aplicada ao agronegócio — mostram-se bem representativas. Afinal, ocupam o terceiro lugar (11,8%) entre os segmentos mais comuns, de acordo com dados do último Mapeamento do Ecossistema da Abstartups.
O mercado promissor tem chamado a atenção de investidores. No ano passado, os investimentos em agtechs e foodtechs tiveram um aumento de 15,5%, alcançando o marco de US$ 26,1 bilhões em todo o mundo, segundo levantamento divulgado no AgFunder AgriFoodTech Investment Report 2021. No Brasil, a fatia atingida foi de US$ 200 milhões e o país ocupou o 12º entre os principais destinos de investimentos.
Segundo a Abstartups, a região sudeste (40,5%) é a que mais ocupa as agtechs no país, seguida da região Sul (36,7%), Centro-Oeste (15,2%), Nordeste (6,3%) e Norte (1,3%). Sendo os três principais modelos de negócio SaaS (36,7%), hardware (15,8%) e venda direta (14,6%). As três tecnologias mais utilizadas são aplicação de dados (22,5%), inteligência artificial (19,6%) e internet das coisas (16,7%).
As agtechs e as foodtechs surgem em um cenário em que mais de 931 milhões de toneladas de alimentos são desperdiçadas no mundo, segundo dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e pela WRAP, organização britânica de resíduos. Por quê? De um lado, por causa do Food Loss; do outro, por causa do Food Waste.
Além disso, “ao mesmo tempo que tem o aumento de consumo do mercado de orgânico, talvez não tenha um aumento proporcional da oferta”, conta Carrilho.
De olho nesse gap, as startups brasileiras estão criando uma série de inovações. A Raízs, por exemplo, fundada em 2016, conecta o pequeno produtor de orgânicos à mesa dos grandes centros urbanos. A empresa brasileira tem parceria com mais de 800 produtores certificados pelo IBD, certificadora de orgânicos da América Latina. A tecnologia da startup ajuda a reduzir a perda de alimentos. “Basicamente, a cadeia tem uma perda, em média, de 33%. A gente consegue ter uma perda de alimentos de 3%”, diz Tomás Abrahao, fundador da Raízs em entrevista à Startse (você confere a entrevista completa em formato de podcast no dia 18 de agosto).
A foodtech Liv Up fomenta a alimentação saudável. A empresa trabalha diretamente com pequenos produtores e por meio do aplicativo, os consumidores compram refeições saudáveis. Além disso, tem softwares que garantem eficiência logística e rastreabilidade dos produtos. “Nós encurtamos a distância entre o produtor e o consumidor, além de tornar o preço dos orgânicos mais competitivo”, diz a companhia.
A Pink Farms é uma fazenda urbana que cuida de todas as etapas do cultivo dos alimentos. A empresa não usa agrotóxico e economiza, em média, 95% da água usada em plantações tradicionais.
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Sabrina Bezerra, head de conteúdo na StartSe, possui mais de 13 anos de experiência em comunicação, com passagem por veículos como Pequenas Empresas & Grandes Negócios e Época Negócios, ambos da Editora Globo.
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