Steve Chen fala sobre o mercado de assinaturas nas redes sociais. Segundo ele, o método é uma solução para a monetização no curto prazo. Para o futuro próximo, outras inovações devem aparecer. Confira!
Steve Chen durante o Fórum Biban 2023, realizado na Arábia Saudita (Foto: divulgação Biban)
, jornalista
6 min
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26 abr 2023
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Steve Chen acredita que as assinaturas de mídia social são soluções para o curto prazo quando o assunto é monetização — processo de converter algo em dinheiro. No entanto, no longo prazo, a história é outra.
Por quê? “Acho que daqui a um ou dois anos, os modelos de monetização vão mudar e, essa, é a parte mais empolgante da inovação que leva ao sucesso no Vale do Silício", disse o taiwanês em coletiva de imprensa durante o Fórum Biban 2023, realizado na Arábia Saudita, em que a StartSe, única mídia brasileira presente, fez a cobertura.
Ou seja, outro método — que a gente ainda não conhece — existirá, colocando em xeque o atual modelo de assinatura.
“Nos jogos online, você pode baixá-lo gratuitamente, porém, tem que comprar coisas durante o jogo. É [um modelo] muito diferente quando comparado há cinco anos”, diz Chen.
"As crianças de hoje, mais do que qualquer coisa, querem para o Natal, apenas para poder comprar adesivos diferentes nesses jogos. Então, obviamente, está funcionando. Acho que, novamente, daqui a um ano, dois anos, as coisas vão mudar continuamente”, completa.
“Afinal, a tecnologia está se movendo mais rápido do que nunca agora”, afirma.
No caso do YouTube, inicialmente, a plataforma não foi criada com modelo de assinatura. “Sempre quisemos tornar o upload gratuito e ainda é gratuito hoje. As assinaturas se aplicam apenas aos espectadores e acho que faz sentido. Se você não quiser ver anúncios e economizar tempo, pague por isso”, diz Chen.
Hoje, a empresa oferece um plano de assinatura para os usuários assistirem a conteúdo sem anúncios e outros benefícios, como:
A assinatura Premium do YouTube custa R$ 20,90 por mês.
O YouTube ultrapassou 80 milhões de assinantes Premium e Music em todo o mundo em 2022.
Trata-se, segundo a companhia, de um aumento de 30 milhões de pessoas em comparação aos 50 milhões de usuários anunciados no ano anterior.
A título de comparação, o Spotify bateu 205 milhões de assinantes em 2022.
O mercado de assinaturas tem se tornado uma estratégia importante para os negócios. Isso porque, oferece uma fonte de receita recorrente e previsível — o que pode melhorar a sustentabilidade financeira das empresas.
E isso vale para os mais diversos segmentos. No caso de algumas varejistas, por exemplo, apostam em clubes de assinatura — mercado que movimenta mais de R$ 1 bilhão por ano no Brasil, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm). Caso queira entender mais sobre esse mercado e como funciona, eu escrevi essa matéria. Confira!
*Jornalista viajou para a Arábia Saudita a convite do Fórum Biban
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Sabrina Bezerra, head de conteúdo na StartSe, possui mais de 13 anos de experiência em comunicação, com passagem por veículos como Pequenas Empresas & Grandes Negócios e Época Negócios, ambos da Editora Globo.
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