Saiba como funciona o showroom tradicional, virtual e no metaverso e como criar novas estratégias — de experiência imersiva a novos produtos — para atrair e fidelizar clientes!
Desfile da Renner no metaverso (Foto: divulgação Renner)
, jornalista
9 min
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19 abr 2022
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Por Sabrina Bezerra
Nos últimos anos, cerca de 75% dos consumidores mudaram seus hábitos de compra e quem traz o dado é uma pesquisa feita pela McKinsey, líder no mercado de consultoria. O relatório mostra que as pessoas estão cada vez mais fazendo compras na loja física e no online. Foi-se o tempo que a escolha era uma ou outra.
Além disso, a fidelidade do consumidor também mudou — e é histórica. Cerca de 39% dos clientes trocaram de marcas e 79% pretendem continuar explorando novas opções, de acordo com o estudo da McKinsey.
Os números servem de alerta para você. Como atrair novos clientes omnichannel e ganhar a fidelidade deles ao invés de perdê-la? A resposta: criando novas estratégias — como experiência imersiva, novos produtos e metaverso — que vão ao encontro da mudança comportamental. Hoje, eu trouxe um modelo: o de showroom para desbravarmos.
É um espaço físico para mostrar os produtos ou os serviços da marca. Em outras palavras, serve para exibi-los para o consumidor final. A venda pode ser feita por lá, mas diferente da loja física convencional, o cliente não vai comprar o produto que está exposto. Outro novo, sob as mesmas condições, será entregue para ele.
A modalidade — como você deve estar pensando — não é nova. Existe há anos nos mais diversos mercados, como: no imobiliário (a venda do imóvel “decorado” é um exemplo); no de móveis (quando você visita o local para visualizar a exposição dos móveis); e no de automóveis (para avaliar os veículos).
O que mudou foi a forma como o showroom é feito. Hoje, não basta apenas ter um showroom, é preciso investir no formato instagramável e imersivo para encantar a clientela. Além disso, o showroom virtual começa a virar tendência quando o assunto é omnichannel.
A ideia é a mesma do showroom físico, mas no ambiente online. “O showroom digital possibilita a comercialização de coleções, além de ajudar a recriar lojas físicas no ambiente virtual, de forma que o cliente possa caminhar no ambiente em realidade virtual e interagir com produtos”, diz o Sebrae.
E qual é a diferença entre o showroom digital e o e-commerce? A loja virtual mostra os produtos e os clientes podem comprá-los. No showroom virtual, é possível mostrar detalhes do produto (como o uso de realidade aumentada), agendar horário para visitar o estoque ou receber o item para testá-lo (a famosa “malinha”).
“O showroom virtual oferece uma experiência inovadora para os clientes”, diz Juliana Segallio, consultora de negócios e marketing do Sebrae. E está alinhada ao seu marketing digital. E não à toa. Afinal, em 2020 os smartphones foram responsáveis por mais de 80% do tempo que as pessoas passaram online em oito países, segundo dados da Statista. O Brasil ocupou a 4ª posição. Ou seja, as pessoas estão conectadas e é preciso buscar estratégias de marketing para fisgar a atenção delas.
Se as pessoas estão ficando mais conectadas, o metaverso tem — e muito — a se beneficiar deste comportamento. Por exemplo, os atendentes e os clientes podem criar avatar próprio para visitar o showroom no metaverso da sua marca. Ou se a sua loja for de maquiagem, roupa ou sapato, você pode oferecer um provador virtual? As possibilidades para explorar o metaverso são várias e quanto antes, menor a concorrência, né? E algumas marcas já sabem disso e começam a dar os primeiros passos por lá.
No Brasil, uma das primeiras a usar o showroom no metaverso foi a BMW. A marca fez o lançamento do iX, SUV elétrico no metaverso. Dentro do ambiente, a clientela teve acesso ao showroom e pode até fazer um test-drive. A Honda também entrou na onda e criou um showroom no metaverso.
No ramo da moda, a Renner também marca presença. A varejista fez um desfile no metaverso do qual estava disponível o showroom com os produtos para conferir os detalhes das roupas por meio do uso de tecnologia de mapeamento corporal e movimento. A Nike é outro exemplo. A empresa criou a experiência “Nikeland” e um showroom dentro do jogo Roblox.
O consumidor principalmente da Geração Z, que já representa 36,7% da população mundial, tem o comportamento omnichannel (físico e online). Por isso, uma das formas de fisgar a atenção dele é por meio do showroom — físico, virtual e metaverso — com experiências disruptivas.
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Sabrina Bezerra, head de conteúdo na StartSe, possui mais de 13 anos de experiência em comunicação, com passagem por veículos como Pequenas Empresas & Grandes Negócios e Época Negócios, ambos da Editora Globo.
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