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Como o Alibaba Group transformou o e-commerce e definiu o futuro do comércio global

O ecossistema surgiu de uma possibilidade de facilitar o mercado B2B na China e fechou o ano passado na sétima posição do ranking das empresas mais valiosas do mundo

Como o Alibaba Group transformou o e-commerce e definiu o futuro do comércio global

Reprodução

, Jornalista

7 min

13 set 2024

Atualizado: 13 set 2024

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Da vontade de conhecer os Estados Unidos à potência de tecnologia e comércio eletrônico da China. Do desenho de pequenas entregas para proporções mundiais, o Alibaba Group encerrou o ano passado como a sétima empresa mais valiosa do mundo, reunindo em seu ecossistema unidades de negócio (também milionárias) que atendem 240 países.

Ingressou na Bolsa de Nova York em 2014 batendo recordes, com o “maior IPO do mundo” até o momento, e não parou de se reinventar, diversificando seus ramos de atuação.

Em uma reestruturação recente, modificou também a atuação de Jack Ma, fundador do conglomerado, famoso por seu egocentrismo e pela sua obstinação em conquistar mais negócios.

Começo do Alibaba

A empresa foi criada em 1999, por Jack Ma com o intuito de apoiar e agilizar as entregas de pequenas e médias empresas chinesas na internet. A oportunidade surgiu, após o empresário concluir sua graduação nos Estados Unidos, país que sempre o atraiu.

Isso porque, ainda criança, Richard Nixon, o então presidente norte-americano, visitou a China e passou também por sua cidade natal, Hangzhou. A visita despertou nele a vontade de aprender inglês, mesmo parecendo algo inatingível dentro da sua realidade. Conseguiu. Tornou-se guia turístico e estudou na Universidade de Hangzhou (EUA) para ser professor de língua inglesa.

Durante o período de graduação, teve contato pela primeira vez com a internet e novamente se encantou. Obstinado, passou a dedicar tempo a entender melhor seu funcionamento e uma possível relação com empreendedorismo. Em 1995, começou a trabalhar na China Yellowpages, um site que apoiava empresas chinesas e quatro anos depois, em 199 fundou a sua própria empresa.

Facilitar por essência

A primeira equipe era formada por 18 pessoas, que juntas trabalhavam na criação de um produto B2B (business-to-business) com a missão de facilitar a realização de negócio independente da localidade. Na ocasião, o mercado chinês não tinha uma expressão mundial e a proposta era promover esta integração.

Aliás, o nome “Alibaba” também segue este propósito. Ma se inspirou em um nome que fosse fácil de falar em qualquer língua e que também representasse o valor de um bom atendimento no comércio.

Passou os primeiros anos focado em entender a identidade do produto, estruturar as transações e captar investimentos para continuar seu crescimento.

Alibaba X eBay

Desde o início, precisou lidar com uma disputa com eBay. O marketplace entrou na China em 2003 e, diferente do Alibaba, com uma estrutura mais organizada.

Apesar dos desafios, a empresa de Ma tinha um diferencial: conhecia melhor o mercado e, consequentemente, o consumidor. Isso fez diferença. Na ocasião, a maioria dos chineses ainda não tinha cartão de crédito o que invalidava as transações do eBay.

Da dificuldade surgiu a ideia de criar o Alipay, um sistema de pagamento embrionário para o Ant Payment. A oportunidade fez toda a diferença e levou a empresa a começar seu crescimento de forma acelerada.

Novas projeções

Entre erros e acertos, soube crescer de uma forma estruturada. Diversificou o produto e o ramo, passando atender o mercado B2C, ou seja, falando diretamente com o cliente final, e entrando também em tecnologia, logística e entretenimento. Alcançou a Ásia e, depois, o mundo.

A empresa cresceu tanto que, em 2014, ingressou na Bolsa de Nova York com recorde, alcançando o “maior IPO da história”, até o momento.

Unidades de negócio

Desde o ano passado, o Alibaba está dividido em seis unidades de negócio:

1- Cloud Intelligence Group: serviços de inteligência artificial em nuvem para empresas e governos. Inclui as empresas: Alibaba Cloud, Damo Academy e DingTalk.

2- Taobao Tmall Commerce Group: serviços de comércio eletrônico para varejistas e consumidores. Inclui as empresas: Taobao, Tmall, e outras plataformas de varejo do grupo.

3- Local Services Group: inclui plataforma de navegação Amap, serviço de entrega Ele.me e outros negócios de serviços locais. Empresas dentro da unidade incluem Ele.me, Koubei, e outras plataformas de serviços locais.

4- Cainiao Smart Logistics: soluções logísticas inteligentes para empresas de comércio eletrônico. Inclui as empresas: Cainiao Network e outras empresas de logística do grupo.

5- Global Digital Commerce Group: serviços de comércio eletrônico para clientes globais. Inclui as empresas: AliExpress, Tmall Global, Lazada e outras plataformas internacionais do grupo.

6- Digital Media and Entertainment Group: conteúdo e serviços de entretenimento digital. Inclui as empresas: Youku, Alibaba Pictures, Alibaba Music e outras empresas de entretenimento do grupo.



 

Por que importa?

A empresa visa dar saltos maiores e anunciou desde o ano passado possíveis IPOs. Também segue em crescimento mundial e ditando tendências.

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Imagem de perfil do redator

Simone Coelho é jornalista com especialização em roteiro e storytelling. Começou a sua carreria no mercado editorial escrevendo sobre temas variados, mas durante anos trabalhou também no mercado empresarial, com a construção de conteúdos segmentados e treinamentos. Hoje, divide o seu tempo entre os dois cenários e segue apaixonada pela escrita.

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