Saiba quais fatores devem ser considerados antes de promover um colaborador.
Foto: Moyo Studio via Getty Images
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5 min
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31 mai 2021
•
Atualizado: 16 jun 2023
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Por Sabrina Bezerra
Mudar o nível de hierarquia ou oferecer cargos de liderança aos funcionários não são tarefas tão simples. Afinal, o líder precisa escolher — normalmente — apenas um colaborador para ocupar o novo posto. E se antes da adoção do home office já era uma tarefa difícil, agora, pode ser um pouco mais, visto que o contato físico entre liderança e colaboradores foi reduzido. Mas para ajudá-lo a descobrir como promover um funcionário, a StartSe conversou com alguns especialistas. Confira as dicas:
Comunicação
Ana Borges, psicóloga e sênior manager HR no Michael Page, consultoria especializada em recrutamento, diz que o primeiro passo é se comunicar com a equipe para não frustrá-la. "O líder precisa deixar claro quais são as expectativas dele em relação às competências comportamentais e as habilidades técnicas dos funcionários para ocupar aquela posição”, diz ela.
A comunicação é importante também para não frustrar e não desmotivar o colaborador. “Quando a gente fala de uma estrutura que existe clareza do que precisa ser entregue, quais são os pontos fortes e os pontos a desenvolver, fica mais fácil gerenciar uma possível promoção”, diz Leonardo Berto, branch manager da consultoria de recursos humanos Robert Half.
Faça trilha de desenvolvimento
Com as expectativas alinhadas, o gestor deve combinar com o profissional uma trilha de desenvolvimento. “Deixe claro quais são os pontos que o colaborador precisa desenvolver para ocupar aquela posição”, afirma Ana. Por exemplo, “ele precisa desenvolver a capacidade verbal ou escrita? Aprender a lidar num ambiente sob pressão? Ou alguma formação técnica?”, afirma Berto.
Acompanhe o que foi planejado
O indicador de desempenho é uma ótima ferramenta para avaliar o desempenho do funcionário — e o quão preparado ele está para ocupar o novo cargo. “Quando o líder precisa tomar a decisão de promover um colaborador, ele precisa se basear nos fatos e nos dados — e o indicador de performance é um ótimo aliado para isso. Pois, será possível, por exemplo, medir quais foram as entregas e os resultados trazidos”, afirma Berto. "Quanto mais próximo o funcionário estiver dos indicadores, mais potencial de promoção ele terá."
Se o profissional já tem as habilidades técnicas, é preciso analisar se ele tem as competências comportamentais. “Muitos líderes caem na armadilha de achar que por conta do profissional trazer resultados (ter uma competência excepcional tecnicamente), ele precisa ser promovido a um gestor. Não é bem assim. É preciso entender, primeiro, se o profissional tem boas competências comportamentais (veja no tópico abaixo) para executar a nova função”, diz Deibson Silva, CEO da plataforma de gestão de processo seletivo Goowit. “Além disso, analise se o colaborador está engajado com o propósito e a cultura da empresa.”
As soft skills são as habilidades comportamentais do profissional. “Elas são até mais importantes do que as habilidades técnicas”, diz Silva. Algumas são:
Criatividade
A capacidade de criar ideias inovadoras. Seja para a criação de novos produtos ou para manter a fidelização dos clientes.
Conexão humana
Saber motivar as pessoas e mantê-las engajadas.
Inteligência emocional
Saber administrar as emoções para lidar com diferentes situações e pessoas. “Afinal, só é possível entender o outro quando tem profundo entendimento da própria essência”, explica Silva.
Motivação
“O home office — impulsionado pela pandemia — mostrou o quanto as pessoas podem ter (ou não) autonomia na tomada de decisão e qual é o senso de responsabilidade delas", diz Ana. “Uma das competências mais requisitadas por aqui [no Michael Page] é se o funcionário faz apenas porque o chefe está pedindo ou porque é importante para ele." Portanto, avalie antes de promover o funcionário se ele está fazendo o job porque você está cobrando ou porque ele tem senso de responsabilidade. Se for a segunda opção, ele é um forte candidato para a promoção.
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Sabrina Bezerra, head de conteúdo na StartSe, possui mais de 13 anos de experiência em comunicação, com passagem por veículos como Pequenas Empresas & Grandes Negócios e Época Negócios, ambos da Editora Globo.
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