Mais da metade (53%) da população brasileira deseja mudar de emprego. Mas como avaliar se é ou não uma boa decisão? Confira!
(Foto: Vladimir Vladimirov via Getty Images)
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7 min
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21 jun 2021
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Atualizado: 19 mai 2023
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Por Sabrina Bezerra
Você sente ansiedade, irritamento e tristeza antes de iniciar o trabalho? Se a resposta for sim, pode ser hora de trocar de emprego. É o que afirma Carolina Martins, psicóloga e especialista em carreira. “Esses sintomas se intensificam na segunda-feira quando [o profissional] acorda e precisa ir ao trabalho", diz ela. Mas não apenas. É preciso ficar de olho em outros sinais antes de buscar o novo trabalho. Confira abaixo:
De acordo com a especialista, os primeiros sintomas são: ansiedade, irritamento e tristeza. Depois, o sentimento de não reconhecimento. “Quando a pessoa está no trabalho e sente que entrega muito, mas não tem reconhecimento do líder”, conta Carolina. Outro sinal que pode ser hora de trocar de emprego é quando o colaborador trabalha muito e ganha pouco. “Isso acontece normalmente quando tem demissão na empresa. Muitas vezes, a companhia aumenta o volume de trabalho do colaborador e não aumenta o salário.”
“Outro sintoma é quando a pessoa não tem plano de carreira ou quando não gosta do que faz. Às vezes, o colaborador escolheu uma profissão — mas com as mudanças que aconteceram em sua vida — ele não se identifica mais", diz a especialista.
No entanto, não se trata de uma regra. “Cada caso deve ser analisado de forma individual. Uma boa dica é responder para si próprio se o trabalho tem trazido mais realizações ou mais angústias”, afirma Juliana Alencar, Chief Culture Officer da StartSe.
Segundo Carolina, é muito comum o colaborador querer mudar de emprego, mas tem medo da atual empresa descobrir e demiti-lo. “Existem caminhos seguros para fazer isso. Uma boa dica é usar as ferramentas de procura de emprego do LinkedIn”, diz ela. “É natural sentir medo, mas nunca pode ser maior do que a vontade de sair de um lugar que te faz mal."
Depende da relação entre o funcionário e o gestor. “Se for uma relação de amizade e de parceria — em que existe a abertura para falar ao líder que pretende mudar de emprego — eu superaconselho que isso seja feito”. Caso contrário, de acordo com Carolina, se você tem esse receio, não fale. “Se movimente primeiro, encontre uma oportunidade e, depois sim, informe a sua saída ao gestor.”
Carolina explica que trocar de emprego é quando o colaborador continua fazendo as mesmas tarefas mas em outra empresa. Já trocar de carreira é quando o profissional não se identifica mais com a atividade que exerce. “Por exemplo, ele trabalha com tecnologia mas não gosta mais. Agora, ele quer trabalhar na área de recursos humanos”, diz Carolina.
Caso a opção escolhida seja a segunda, a especialista traz alguns pontos: “em geral, é importante que o profissional saiba que a decisão implica em uma redução de cargo e salário. Dificilmente ele vai conseguir cargo de liderança na nova área porque ele não tem histórico de trabalho nela.” “Por isso, é importante ter uma reserva financeira para conseguir se manter com a redução salarial.”
Uma das mudanças trazidas pela pandemia de coronavírus foi a reflexão dos profissionais sobre a carreira. Mais da metade (53%) da população brasileira deseja mudar de emprego no próximo ano por causa da pandemia. Os motivos? Equilíbrio entre vida pessoal e profissional (50%), desejo de receber um salário mais alto (49%), busca por uma função mais significativa (31%), reduzir a quantidade de tempo trabalhado (31%) e trabalhar por prazer (14%). É o que afirma o relatório Protegendo o Futuro do Trabalho realizado pela Kaspersky.
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Sabrina Bezerra, head de conteúdo na StartSe, possui mais de 13 anos de experiência em comunicação, com passagem por veículos como Pequenas Empresas & Grandes Negócios e Época Negócios, ambos da Editora Globo.
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