É isso mesmo que você leu: o Nubank vai inovar novamente e planeja uma maneira de seus clientes se tornarem sócios da fintech. Como funciona? Por que o Nubank aposta tanto em comunidade? Entenda mais.
como-ser-socio-do-nubank (Foto: Nubank/Divulgação).
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6 min
•
1 nov 2021
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Por Victor Marques, da CapTable Brasil.
Em linha com seu posicionamento de permitir o acesso ao sistema bancário para mais pessoas, o Nubank também planeja que seu IPO não seja tão excludente, como a Bolsa de Valores em geral é percebida. Para que todos os clientes possam participar, o Nubank vai dar BDRs (Brazilian Depositary Receipts) aos clientes através de seu aplicativo: ou seja, todos terão a chance de dizer que são sócios da fintech – ou, como o roxinho divulgou, NuSócios.
O programa faz parte da estratégia montada para o IPO do Nubank, depois de começar o processo, a fintech anunciou por e-mail que o NuSócios será a maneira de permitir que milhões de seus clientes se tornem sócios do negócio. A partir de 9 de novembro, os clientes elegíveis poderão solicitar seu "pedacinho" do Nubank, o BDR, através do app – sem nenhum custo.
Os BDRs representam uma fração de uma ação negociada em outro país, no caso do Nubank, nos EUA. A estimativa é que cada BDR equivalerá a 1/6 do valor da ação ordinária classe A da Nu Holdings, empresa líder do grupo – essa equivalência deverá ser confirmada ao final do processo de IPO.
A ideia é que o NuSócios seja a porta de entrada de muitos dos clientes do Nubank ao mundo dos investimentos na Bolsa de Valores. Assim como a fintech fez com cartões de crédito e conta corrente, a ideia é que esse seja um pontapé inicial para uma jornada de conhecimento – e adesão – de milhões de brasileiros sobre o funcionamento do mercado de ações.
Além do objetivo de ser a porta de entrada dos seus milhões de clientes na Bolsa de Valores, a atitude do Nubank planeja reforçar ainda mais a ideia de comunidade. Incluindo seus clientes, como sócios, a fintech dá mais um passo para se afastar de vez do conceito de banco tradicional: ou você já viu o Banco do Brasil distribuindo ações para seus correntistas gratuitamente, por exemplo?
O senso de comunidade criado por permitir que seus clientes se tornem sócios é também mais uma demonstração do poder e da vontade de inovar do Nubank. Com isso, a fintech também reforça seu posicionamento como uma marca admirada, amada e recomendada pelos clientes.
Para quem está acostumado a investir na Bolsa de Valores, pode parecer pouco ganhar 1/6 (estimativa atual) do valor de uma ação. Mas, para milhões dos clientes da fintech é uma forma de se sentirem valorizados e parte importante da construção da história da empresa.
A força da comunidade do Nubank deve se intensificar com a iniciativa e deve trazer o poder de divulgação dos seus clientes para dentro da startup: transformando-os em sócios. Na CapTable sempre observamos o poder que os sócios de uma startup tem para ajudar em seu crescimento. Todas as startups registram crescimento em sua base de usuários depois de passar pela CapTable – e seus primeiros investidores quase sempre são os seus clientes.
A comunidade construída através do investimento é muito poderosa dentro de uma empresa. O Nubank agora planeja levar esse conceito além: dando um pedaço da empresa para seus clientes, transformando-os em sócios. A movimentação do Nubank reforça dois conceitos que a CapTable sempre defendeu: seus clientes serão seus primeiros sócios e seus sócios serão seus melhores embaixadores de marca.
Unir o poder de comunidade com uma marca e serviços incríveis é a melhor maneira de garantir a satisfação e multiplicação dos clientes. Em um efeito composto, os sócios se tornam divulgadores, clientes e defendem a marca. Ao mesmo tempo, os clientes satisfeitos se tornam novos potenciais sócios, em um ciclo virtuoso que só traz benefícios ao negócio – especialmente para startups, que precisam ganhar novos clientes de forma acelerada.
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Victor Marques é Head de Conteúdo na Captable, maior hub de investimentos em startups do Brasil, que conecta seus mais de 7000 investidores a empreendedores com negócios inovadores. Escreve há mais de dois anos sobre inovação. Formado em Letras e Mestre em Linguística pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
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