O WhatsApp, com sua conveniência instantânea e alcance global, tornou-se um instrumento-chave, presente na tela de todos os colaboradores, e até mesmo de todas as pessoas com um smartphone nas mãos. Saiba como usá-lo no trabalho!
Whatsapp (foto: Getty)
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11 min
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18 set 2023
•
Atualizado: 18 set 2023
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Em um mundo empresarial cada vez mais digital, a comunicação eficaz tornou-se a espinha dorsal do sucesso.
Hoje, exploraremos uma ferramenta aparentemente simples, mas extremamente poderosa, que tem o potencial de moldar a própria cultura organizacional: o WhatsApp.
O WhatsApp, com sua conveniência instantânea e alcance global, tornou-se um instrumento-chave, presente na tela de todos os colaboradores, e até mesmo de todas as pessoas com um smartphone nas mãos. É simplesmente impossível ignorar esta ferramenta.
Quando falamos de comunicação estratégica e interna, embora algumas empresas ainda relutem em instituir o WhatsApp como canal de comunicação, muitas empresas de grande porte já adotaram ferramentas como o WhatsApp Business.
Em 2020, a ABERJ - Associação Brasileira de Comunicação Empresarial, promoveu um benchmarking que reuniu a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), Renault, PUCRS, Volvo e Usiminas para compartilhar experiências sobre o uso da ferramenta no ambiente corporativo.
No entanto, neste artigo, não quero apenas exaltar as virtudes do app. Quero explorar o intrincado equilíbrio entre comunicação efetiva e os desafios éticos que surgem quando líderes adotam esta plataforma.
No entanto, precisamos evitar os ônus - falta de limites e profissionalismo, falta de privacidade, confusão no fluxo da conversa, desrespeito aos horários de trabalho, perda de privacidade.
Vamos explorar algumas dicas que irão te ajudar a ter uma conduta com boas práticas ao usar esta ferramenta inegavelmente popular.
Para gerenciar a informalidade que o WhatsApp sugere, é fundamental mantermos o profissionalismo.
Formalidade não deve ser confundida com frieza. É crucial manter um tom amistoso, uma vez que as mensagens de texto podem ser mal interpretadas.
Portanto, mantendo a assertividade e as mensagens com começo, meio e fim, é possível, ao contrário do que se imagina, usar os emojis para contribuir com a interpretação da mensagem pelo receptor.
Eles compensam a falta da linguagem não-verbal e auxiliam a definir o tom da conversa. No ambiente profissional, é recomendável escolher figurinhas com sensatez, evitando aquelas que possam gerar uma interpretação ambígua.
O WhatsApp é uma via de mão dupla para a construção de relacionamentos sólidos com sua equipe, mas também tem suas limitações.
A velocidade de resposta é surpreendentemente rápida, mas há um preço a se pagar, a privacidade.
É crucial que as lideranças compreendam que seu exemplo será um guia para como a comunicação será estabelecida.
Sugiro desativar a visualização para que não saibam quais mensagens já foram lidas e qual o último horário de acesso ao aplicativo. Isso trará mais privacidade.
Uma solução interessante é a criação de grupos para manter as conversas profissionais. Mesmo que esse grupo seja composto por apenas dois integrantes, assim separa-se a conversa pessoal da profissional no mesmo aplicativo. Na Versa, estabelecemos essa dinâmica e tem funcionado de maneira bastante eficaz.
Se o líder envia mensagens fora do horário do expediente, ele acaba abrindo margem para que os liderados também o façam.
Portanto, na medida do possível, não envie e não responda mensagens para seus liderados fora do seu horário de trabalho.
Caso contrário, você estará comunicando que espera que eles estejam disponíveis nos horários de descanso; logo, eles esperarão o mesmo de você.
Esse é um passo muito perigoso para que o WhatsApp se transforme em um canal tóxico de comunicação. E aí, comumente, a única solução será a abolição da ferramenta. Uma vez que ultrapassamos os limites, é difícil retroceder.
As vantagens da resposta imediata e do estreitamento de laços são inegáveis, mas também precisamos considerar a possibilidade de invasão de privacidade e as complexidades que podem surgir. Respeite que nem sempre o outro estará disponível para uma resposta imediata. Seja o modelo de cultura que você, como líder, deseja estabelecer.
Mantenha em mente que queremos manter algum nível de organização nas trocas de mensagens. Os áudios não aparecem na pesquisa e não facilitam a consulta de informações no fluxo da conversa, portanto, use-os com parcimônia.
É vantajoso usar o recurso de áudio quando a expressão vocal for essencial para dar o tom da mensagem ou para explicar algo complexo, difícil de entender por texto.
Nestes casos, escreva primeiro pedindo permissão para mandar um áudio e anuncie o assunto. Garanta que o áudio seja organizado e também siga a regra de ter começo, meio e fim, evitando mensagens quebradas.
Além disso, evite abordar mais de um assunto por áudio, o que dificulta ainda mais a consulta posterior desse material.
Desde a privacidade dos funcionários até os limites saudáveis, os líderes podem navegar neste território delicado e manter a integridade em suas comunicações.
O 'zapzap' é uma ferramenta de comunicação poderosa, mas que requer cuidado e consideração. O equilíbrio entre eficácia e ética é essencial para líderes que desejam usar essa plataforma de maneira eficaz e responsável.
Lembremos que a liderança não é apenas sobre resultados, mas também sobre como chegamos lá - com integridade e respeito.
Portanto, na próxima vez que você tocar na tela brilhante do seu smartphone para se comunicar com sua equipe, lembre-se das lições aprendidas. O WhatsApp pode ser um aliado valioso, mas cabe a cada líder decidir como usá-la para criar um impacto duradouro e significativo em suas organizações e em seus times.
*Este artigo não representa a opinião da StartSe; a responsabilidade é da autora.
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Priscila é professora do WLP, formação internacional de impacto para lideranças femininas, da StartSe em parceria com a Nova SBE. Ela também é fundadora da Versa, empresa referência em desenvolver habilidades para comunicação em treinamentos corporativos, com foco em Altas-Lideranças e C-Levels. Com mais de 15 anos de experiência, ensina líderes como se tornarem porta-vozes de sua melhor versão. Além de atriz e professora de teatro, possui pós-graduação em Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem, bem como certificação em neurociência pela PUC-RS
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