Comunidade se tornou ativo nas empresas. Mas e quando não dá para fazer internamente? Conheça o caminho inverso e o impacto disso nos negócios:
, Jornalista
7 min
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21 nov 2022
•
Atualizado: 19 mai 2023
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“Quando você começa a falar de comunidade, não é o cliente no centro. É ele no começo da jornada também”, afirma Lara Nardy, head de comunidades da StartSe. Para ela, esse é o caminho mais fácil de entender o que o cliente está sinalizando como próximo passo da marca em relação a produto ou serviço.
Mas nem sempre as empresas conseguem ou entendem que faz sentido ter uma comunidade de clientes ativa, certo? Neste caso, a solução é buscar comunidades existentes, conseguindo conectar os pontos com quem já está por dentro dos temas que você, enquanto empresa, busca desenvolver. Já pensou nisso?
As comunidades sempre existiram, mas hoje elas ganham um peso ainda maior para os negócios. Oriundas de lugares muito genuínos, elas nascem para conectar pessoas com propósitos comuns. A tecnologia, por exemplo, possibilitou que pessoas do mundo inteiro se reunissem para cocriar soluções em espaços virtuais.
A aposta, inclusive, é que a Web3 potencialize este movimento, que Tiago Morelli, da Enablers DAO, sinaliza como um novo modelo de negócio: community-as-a-service.
“Falando em pauta ESG, por exemplo, é muito mais fácil do que a pessoa criar uma estrutura interna, fazer uma parceria com uma comunidade”, explica ele. Só que é preciso criar conexões e se aproximar, enquanto empresa, da pauta e da comunidade, criando ações compartilhadas.
Nesse caso, os dois grupos podem sair ganhando.
O conceito de comunidade enquanto serviço surge quando a união de algumas pessoas se torna tão potente que ela cria um valor e a necessidade de querer acessar esse grupo exclusivo. E como comentamos anteriormente, ela pode vir da marca para as pessoas ou das pessoas para a marca.
A Lego, por exemplo, criou uma comunidade em torno da marca engajada em sugerir e cocriar produtos. Além de novas ideias, eles contam com um espaço para feedbacks rápidos de clientes, avaliações e ampliação do propósito e do nome.
Mas também existem as comunidades com a EVE NFT, focada em trazer mulheres para o mercado web3. Com o hype do tema, elas viram o movimento crescer e “o sucesso da EVE se deu a partir da comunidade e do fortalecimento principalmente entre mulheres”, diz Cintia Ferreira, uma das fundadoras. Ou seja, propósito e direcionamento claros as levaram mais longe.
“Acho que a parte de engajamento anda muito de mão dada a esse porquê e esse propósito que você se propôs a atingir com essa comunidade”, explica Lara. Se isso não acontece, a pessoa que entrou em busca de benefícios específicos, vai perceber que tudo ficou só na promessa e vai sair. O valor e o propósito não foi cristalizado.
Esse olhar é fundamental na hora de desenhar os rituais, entregas e papéis, que vai depender do que a comunidade quer alcançar. No Game Changers, por exemplo, comunidade da StarSe, existem dois pontos intrínsecos à ideia de comunidade que são networking e a proposta de estar conectado a pessoas que buscam o mesmo que você, e a aprendizagem, seja com a troca entre a comunidade ou com a proposta de conteúdo oriunda de um criador de conteúdo.
Ao colocar o cliente no início da sua jornada, as empresas garantem maior assertividade antes de lançar novidades no mercado.
Mas com comunidades, a estratégia se torna não só uma validação com o cliente, mas uma construção. “A comunidade tem que ser uma atribuição da estratégia de negócio da empresa”, explica Lara.
Também é preciso lembrar que as formas de diálogo com o público estão mudando. Atrair a atenção é cada vez mais difícil, mas encontrar caminhos genuínos de diálogo, oferecendo valor e agregando na vida do cliente, te transforma em uma marca ainda mais respeitada e buscada.
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Jornalista focada em empreendedorismo, inovação e tecnologia. É formada em Jornalismo pela PUC-PR e pós-graduada em Antropologia Cultural pela mesma instituição. Tem passagem pela redação da Gazeta do Povo e atuou em projetos de inovação e educação com clientes como Itaú, Totvs e Sebrae.
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