Arenas competitivas e colaborativas: uma coisa não precisa necessariamente excluir a outra. Quando transformar o concorrente em parceria?
Foto: Getty Images
, Produção de Conteúdo
7 min
•
28 jul 2022
•
Atualizado: 19 mai 2023
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por Marina Rafaella Preto
Você já deve ter ouvido o ditado: “se não pode com eles, junte-se a eles.”
A concorrência na nova economia está cada vez mais acirrada, independente do mercado de atuação. Muito mais do que olhar para um cenário de competição se aproximando e ter medo de uma possível ameaça inimiga, nos perguntemos: como podemos combinar forças e inteligência colaborativamente com os outros e criar algo melhor do que antes?
Para se manter na perpetuidade, empresas consolidadas começam a refletir e chegar à conclusão de que precisam arriscar fazendo coisas que não fizeram antes, ou mudar o modo de fazer suas entregas atuais.
A Netflix é um grande exemplo de empresa que já passou por isso anteriormente, quando deixou de ser um serviço de delivery de fitas cassete e DVDs, para virar o maior streaming digital de conteúdo audiovisual do mundo.
Na época, a empresa conseguiu ter um bom observatório de sinais em relação aos ecossistemas externos e identificar o que poderia ser uma ameaça, e transformá-lo em uma oportunidade de negócio. E eles acertaram em cheio.
Hoje, novamente a empresa precisa se reinventar; mas dessa vez ela não fará isso sozinha. Chegou a hora de abrir o mercado para parcerias e adotar os anúncios pagos. Melhorar o conteúdo ofertado não está sendo o suficiente para a empresa se manter relevante.
A Netflix poderia e tem tecnologia o suficiente para anunciar sozinha; a questão é que unir-se à Microsoft, além de ser mais vantajoso por já “contratar” um serviço pronto, também traz diversos outros benefícios. A Microsoft adentra o mercado de streaming, soma seus ativos de games com a Netflix, oferece um serviço de cloud, escala o número de assinantes e por aí vai.
Majoritariamente, no campo das colaborações, existem dois caminhos. O primeiro consiste em olhar para um mercado mais competitivo e se juntar com outra empresa para dominá-lo, mas há também a possibilidade de juntar-se com outra empresa para criar um novo mercado, um novo padrão, que é a dinâmica da Meta e da Ray-ban, que recentemente criaram juntas os óculos inteligentes.
E daí podemos desdobrar na seguinte reflexão: aquelas empresas que já atuam como plataforma de múltiplas soluções, uma alternativa viável e mais interessante para dominar uma arena, seria pensar em ser um mercado de nicho, focado em se especializar em oferecer soluções para um determinado público.
Já no caso de uma empresa que já oferece soluções para um mercado nichado, começar a pensar em expandir os serviços, juntando-se com outros competidores ou até mesmo outros mercados, pode ser um caminho viável e inovador.
Enxergar que essas parcerias podem ser benéficas para todo mundo, inclusive para o cliente, é pensar como uma Organização Infinita. Isso não quer dizer que a arena deixou de ser competitiva e que todo mundo virou amigo.
O pensamento agora é o de colaborar para competir.
A parceria entre empresas do mesmo segmento, ou de segmentos completamente distintos, quando feita com sabedoria tende a alongar as relações e relevâncias dos negócios.
No mais novo episódio do Podcast Organizações Infinitas, as Arenas Competitivas e Colaborativas e exemplos de parcerias fantásticas foram o tema principal, que rendeu uma conversa muito construtiva.
Confira o episódio:
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Produtora de conteúdo na StartSe, roteirista e organizadora do Podcast Organizações Infinitas.
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