Nova CFO da Americanas tem experiência em recuperação judicial na Oi e sai da Tim para assumir o cargo. Veja quais são os desafios que a nova CFO da Americanas deve enfrentar!
, Jornalista
4 min
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19 jan 2023
•
Atualizado: 19 mai 2023
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A história que eclodiu envolvendo a Americanas parece estar só no começo. Depois do rombo contábil calculado em mais de R$20 bilhões, a companhia anunciou a contratação de Camille Loyo Faria como nova CFO (Diretora Financeira) e DRI (Diretora de Relações com Investidores).
Ela começa o mandato em 1 de fevereiro, mas já é vista com bons olhos pelo mercado. Enquanto não assume, a Americanas contratou o banco Rothschild & Co, que atuará como interlocutor para a renegociação das dívidas da empresa com credores nacionais e internacionais.
Com o pedido de recuperação judicial anunciado pelas Americanas, é possível que ela encare negociações difíceis pela frente.
Camille tem em seu currículo a passagem pela Oi, como CFO, exatamente durante o período de recuperação judicial em 2019. Por isso, o JPMorgan destaca “a experiência relevante no assunto em um contexto em que a Americanas provavelmente entrará em recuperação judicial, na sequência da liminar apresentada na sexta-feira passada.”
Ela, que agora deixa o cargo de CFO da Tim, também possui uma extensa experiência em bancos de investimento, que exige muito conhecimento da parte de contábil, de balanços e de fluxo de caixa.
Em nota, o CEO da Tim, Alberto Griselli, agradece Camille “por seu comprometimento e dedicação no desempenho de suas funções ao longo de seu período de gestão e entregas de extrema importância como o processo de aquisição e de integração dos ativos da Oi Móvel.”
A Americanas vem sendo criticada por ter divulgado fatos relevantes em uma live fechada promovida pelo BTG. A executiva vai precisar se atentar a isso, ainda mais por ter fechado um acordo de R$1,38 milhão com a Comissão de Valores Mobiliários para encerrar dois processos relativos à divulgação de fatos relevantes.
O que aconteceu? Na Oi, a companhia teria demorado para informar ao mercado o recebimento da proposta de Claro, Vivo e TIM por sua rede móvel. Já na TIM, teria havido falha na comunicação ao mercado assim que a controladora recebeu uma oferta de compra pela subsidiária brasileira.
O caso Americanas tem desdobrado nuances e repercutido em instituições financeiras e no mercado. O anúncio de Camille é um pedido de confiança na instituição, enquanto recupera o fôlego em um pedido de recuperação judicial. Inclusive, agora ele se torna o quarto maior pedido de recuperação judicial do Brasil.
A perspectiva é que a nova CFO traga, em um background ligado à situação, aberturas para negociações e possibilidades. Enquanto isso, acompanhamos os desdobramentos da situação, que deve trazer novos capítulos.
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Jornalista focada em empreendedorismo, inovação e tecnologia. É formada em Jornalismo pela PUC-PR e pós-graduada em Antropologia Cultural pela mesma instituição. Tem passagem pela redação da Gazeta do Povo e atuou em projetos de inovação e educação com clientes como Itaú, Totvs e Sebrae.
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